- «As subvenções vitalícias nasceram num contexto em que faziam todo o sentido. Os seus primeiros beneficiários foram pessoas que chegaram a cargos políticos ao fim de vidas de sofrimento, perseguição, exílio, prisão, interdição do exercício profissional e tudo o mais que sabemos. Não eram um prémio ou um privilégio, talvez algo como uma indemnização.Perderam sentido ao longo do tempo e há muito que passaram a poder ser auferidas apenas após os sessenta e cinco anos, excepto para aqueles que já a elas tinham ganho direito. Finalmente, em 2005 foram abolidas - e bem - integrando-se os titulares de cargos políticos nos regimes de pensões.Aqueles que ganharam direito a essas subvenções ainda relativamente jovens têm esse direito adquirido à face da lei. Mas não deixam de ser usufrutuários de um dispositivo que não foi criado a pensar na sua situação e não se ajusta às suas vidas políticas. São beneficiários intersticiais de um dispositivo criado para resistentes e não para quem construiu carreiras políticas longas sempre em democracia.» (Paulo Pedroso)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
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