quinta-feira, 18 de agosto de 2011

A guerra de classes segundo Warren Buffett

Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo, assumiu em 2006 que "há guerra de classes, com certeza, mas é a minha classe, a classe rica, que está a fazer a guerra, e estamos a ganhá-la". Anteontem, voltou a recordar-nos que só paga 17% em impostos, enquanto os seus empregados pagam 33% ou 41%.

Esta desigualdade encerra parte do drama da era do capitalismo financeiro, pós-industrial. O tamanho imenso da fortuna de Buffett não se deve a nenhum poço de petróleo, patente inovadora, novo produto industrial, ou a criação directa de emprego. Limitou-se a investir, comprar por menos para vender por mais, transferir dinheiro daqui para acolá.

Registe-se que se era o homem mais rico do mundo em 2008, em 2011 será o terceiro porque, do alto dos seus 80 anos, começou a doar a sua fortuna à assistência social e à difusão da educação e do conhecimento, principalmente através da fundação de Bill Gates, outro hipermegamilionário.

Como diz Buffett, os sacrifícios não são repartidos: os ricos poderiam e deveriam pagar mais impostos.

Impõe-se taxar mais o capital e menos o trabalho. Passos Coelho pensa o contrário: engordou-nos a conta da electricidade, ao invés de cortar as pantagruélicas gorduras da banca. Na guerra de classes lusitana, os ricos continuam a ganhar. E raramente doam dinheiro para bolsas de estudo e investigação científica.

(A minha segunda crónica no i; ao contrário do que lá se afirma, não sou jornalista.)

4 comentários:

  1. 1º registe-se que todas as fortunas dos padeiros merceeeiros e barões do café portugueses no século XIX e XX

    foram feitos pelo mesmo processo

    o facto de um vampiro como o
    Soros ou o Harry Buffy the vampire slayer andarem agora aí a debitar umas coisinhas

    deve-se aos seus investimentos bolsistas e em commodities

    andarem a balançar todos os dias

    Desde 2008 injectou-se massa monetária no sistema

    massa monetária que foi para o consumo e principalmente para a especulação

    Agora seria necessário injectar mais dinheirinho no sistema

    é um novo 2008 os bancos perdem activos pela desvalorização de acções e restantes

    logo o que diz o Harry não resolve nada
    40 mil milhões
    ou os 500 mais ricos

    com mais de due trilião e meio

    e rendimentos de até

    600 mil milhões por ano

    dão apenas a 50% de impostos

    300 mil milhões

    numa dívida que cresce aos triliões por ano

    o qué quisso serve

    é só fazer as contas....

    de certeza que nã és o guterres disfarçado?

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  2. e já vamos há 6 meses neste novo 2008 que se agravou como o outro em Agosto (há 15 dias já)

    é só esperar por outubro e pelo próximo limão

    é toda uma estrutura política e social europeia que está em causa

    mal construida com falta de controles etc...

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