- «Fui dos que receberam com alguma expectativa a notícia da candidatura de Fernando Nobre, que apenas conhecia da AMI, à Presidência da República. (...) As informações que davam Nobre como uma mera marioneta de Soares contra Alegre, deixaram-me de pé atrás (...).
Mas o seu discurso de apresentação tirou-me todas as dúvidas. Não existia ali algo minimamente parecido com uma ideia, só um arrazoado de "slogans" em volta da questão da "cidadania" e a tentativa grosseira de capitalizar o descontentamento geral com os partidos reclamando-se, frase sim frase não, "apartidário" e contra o "sufoco partidário". (...)
Há cerca de 15 dias Nobre mantinha ainda o discurso antipartidos, garantindo que nunca integraria uma lista partidária. A fazer fé no seu ex-director de campanha, estaria já na altura a leiloar-se entre PS, CDS/PP e PSD.
Pelos vistos foi o PSD quem deu mais. Arrematou o candidato dos "valores" e dos "princípios" com a promessa da presidência da AR. E Nobre fez o negócio da sua vida.» (Manuel António Pina)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
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