segunda-feira, 18 de outubro de 2010

«Ofereçam-me aquilo que já uso», diz padre

Há uma igreja para os lados de Campolide que mete água. Literalmente. É propriedade do Estado, como todas as outras igrejas que, em 1911, se mantiveram propriedade do Estado mas foram cedidas gratuitamente para aí se continuar a realizar o culto católico.

O pároco local, não contente com celebrar cultos religiosos num edifício do Estado sem pagar renda, exige que a República lhe ofereça o edifício, graciosamente. (E fala em «roubo». Estranho roubo, em que o usufruto continua a ser de quem se diz «roubado»...)

Se a moda pegasse, todos os templos católicos do território que são propriedade do Estado poderiam ser reclamados pelas paróquias respectivas. «Gratuitamente».

O Ministério das Finanças já desceu o preço de venda para a bagatela de 233 mil euros. Deveria ser um pouco mais exigente, porque a confissão religiosa em causa é a mesma que constrói modestas catedrais de 70 milhões de euros.

[Esquerda Republicana/Diário Ateísta]

3 comentários:

  1. todas as igrejas anteriores a 1911são propriedade do estado?

    mesmo depois da concordata?

    entonces só igrejas posteriores

    são propriedade da igreja?
    como a basílica de fátima..num sabia

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  2. e não os militares deixaram de ter cooperativa militar na região de Lisboa

    persistia a cooperativa militar em évora mas acabou já acho

    as messes de sargentos e oficiais continuam
    e os clubes de oficiais mesmo onde os regimentos foram extintos

    como o 11 de Setúbal que continua com um clube onde era o Distrito de recrutamento antes de mudar para
    as instalações da ex-pide DGS

    este foi reformulado para uma divisão florestal que pouco faz e custa uns 200 mil por ano

    os brigadeiros e patentes superiores têm ainda carro e motorista
    mesmo na reserva
    ou tinham à 4 anos atrás

    os militares perderam muito nestes últimos anos

    excepto em material de guerra
    que custa mais que estas supressões de benefícios

    os tanques Leopard e as munições e peças custaram uns valentes milhões em contratos

    as igrejas não são então mantidas pela igreja católica?

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  3. «as igrejas não são então mantidas pela igreja católica?»

    Há muitas que são monumentos nacionais e são pagas pelo erário público, apesar de estarem afectas ao culto católico. Há outras que, não sendo pertença do Estado, recebem subsídios avulsos, nomeadamente das autarquias.

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