- «No dia 9, a Google e a Verizon emitiram um comunicado conjunto acerca da neutralidade da Internet (...) a Google e a Verizon começam por defender a neutralidade da Internet dizendo que esse princípio foi responsável pelo seu sucesso e crescimento espantoso, mas depois dizem que não deve haver neutralidade no acesso móvel porque é um mercado nascente e em crescimento. Uma treta óbvia, mas como a Verizon vende telemóveis com o Android da Google, ambas querem manter o controle sobre o tráfego nas redes móveis. Que cada vez vai ser maior. Daqui a uns anos, quando qualquer telemóvel estiver permanentemente ligado à Internet, ninguém vai querer pagar chamadas telefónicas se pode usar o Skype ou assim. Nessa altura os operadores de redes móveis vão dizer lamento, mas Skype por aqui não passa.
Isto é muito mau porque o princípio da neutralidade da rede não é uma mera questão de mercado, de preços e muito menos para descartar quando dá jeito à Google e a Verizon. A neutralidade destes serviços é uma salvaguarda importante da nossa privacidade e liberdade de expressão. Quem transporta as cartas não as deve ler. Quem fornece redes telefónicas não deve escutar as conversas. E quem providencia ligações à Internet não deve controlar o que estamos a enviar. É indispensável que a lei especifique que o provedor aluga o canal de comunicação. Que permita cobrar pelo volume de tráfego e distinguir tráfego com custos diferentes, por exemplo nacional e internacional. Mas que o proíba de bisbilhotar a informação que partilhamos .» (Ludwig Krippahl)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
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