- «Desde o dia em que fez o seu primeiro discurso como líder do PSD, que Pedro Passos Coelho (PPC) teve uma ideia: explicar ao país da urgência de uma revisão constitucional (RC). À falta de um discurso sólido alternativo ao do Governo, perante, imagino - não encontro outra resposta - a sua depois verificada adesão a várias medidas do Executivo, havia que acenar com uma bandeira política muito dele, muito própria, e de preferência eloquente. Desgraçadamente, por isso, quebrou-se o acordo implícito de se proceder a uma RC apenas após as eleições presidenciais.» (Jugular)
- «A questão é: como é que a esquerda está a perder este combate? Há dois, três anos, quando tudo começou, parecia ser possível uma viragem, mas passado este tempo todo temos uma Europa a ser puxada por uma Alemanha de direita na direcção do abismo, sem piedade dos PIGS que caíram irremediavelmente na lama. Em Portugal, um PS inexistente tirou o socialismo da gaveta e guilhotinou-o definitivamente, tornando-se num partido submetido a um culto de personalidade inusitado, sem energia para combater a maré de direita que o futuro parece trazer. E à esquerda do PS, perdeu-se o norte, entre cassetes que se repetem, assentes na força da rua, e uma condução ziguezagueando entre a crítica e o apoio ao Governo, deste modo fragilizando qualquer posição de força a que seja necessário recorrer.» (Arrastão)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
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