- «Entre 2003 e 2007 o Ministério Público indiciou dez padres por abuso sexual de crianças. Nesse período, houve um total de 5128 casos desses em Portugal(1). Há cerca de quatro mil padres (2) e cinco milhões de homens em Portugal. Assumindo que esses 5128 casos correspondem a 5128 homens indiciados, dá cerca de 1 homem em cada 1000 indiciado por pedofilia contra 1 padre em cada 400. Contas por alto, o dobro da incidência nos padres. (...) Uma complicação é que dez indiciados em quatro mil é um número muito pequeno para uma conclusão estatisticamente significativa*. Mais elucidativos são os números acerca dos EUA. Houve mais de dez mil alegações de abusos sexuais por parte de padres católicos entre 1950 e 2002. Dessas, foram substanciadas por investigações posteriores 6,700 acusações a 4,392 padres**, o que equivale a 4% dos padres em exercício no período considerado(4). Uma incidência dez vezes maior que a reportada para os padres portugueses*** e quarenta vezes maior que nos homens em Portugal.» (Que Treta!)
- «É triste hoje, quase quarenta anos volvidos sobre a queda das últimas ditaduras europeias de extrema-direita (em Portugal, na Espanha e na Grécia) ver, sobretudo em países de religião islâmica, movimentos, populaças ignaras, governos e poderosas organizações terroristas, lutar violentamente, não só com "unhas e dentes" mas também com sofisticadas armas modernas (a única coisa "moderna" que parece agradar-lhes) para não saírem da Idade Média.
Mas muito mais triste ainda é ver, nos países democráticos europeus e particularmente em Portugal, certos intelectuais "progressistas" e auto-proclamados "de esquerda", na sua maioria órfãos da defunta União Soviética e procurando outros "pais", apoiar esses governos, movimentos e organizações, e pretender mesmo, sob a capa de um pseudo-progressista "multiculturalismo", que a Europa democrática tolere no seu seio práticas medievais há séculos consideradas criminosas!
Não tarda muito veremos esses "multiculturalistas", ex-comunistas, ex-democratas, ex-progressistas, manifestar-se empunhando cartazes a dizer: "Queremos voltar à Idade Média!"!» (Ponte Europa)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
Era inevitável a emissão em estéreo.
ResponderEliminarSão contas erradas. Haverá cinco milhões de indivíduos do sexo masculino em Portugal. Desses, apenas cerca de metade terá idade para ser padre. De quem martela a estatística desta maneira ao serviço dos seus preconceitos não se espere grande contibuto para o progresso da ciência.
Nuno Gaspar,
ResponderEliminarÉ legítimo compararmos os padres com outros grupos que não apenas o dos indivíduos do sexo masculino. Podemos comparar com o grupo dos homens com idade para ser padres.
No entanto uma comparação não invalida a outra. Assumindo que os 5128 casos correspondem a 5128 indivíduos do sexo masculino (serão menos, certamente), então entre estes dois grupos estes crimes são duas vezes mais frequentes nos padres.
Se restringir a análise aos indivíduos com mais de 30 anos, por exemplo, a população será menor mas a amostra será também uma fracção menor desses 5128. E tanto pode ser que isto seja favorável aos padres como pode acontecer o contrário. Imagine que dos 2500 milhões de homens com idade para ser padre apenas 1000 estavam entre os 5128 casos. Se assim for a disparidade entre estes e os padres será ainda maior.
Se tiver esses números é só fazer as contas. Se não os tiver não vale a pena estar a especular.
O que não pode fazer é aplicar uma restrição à população sem a aplicar também à amostra. Isso sim é aldrabice.
"Se tiver esses números é só fazer as contas. Se não os tiver não vale a pena estar a especular"
ResponderEliminarEspecular com meia dúzia de números foi o que voçê fez.
Sobre o texto 1), apenas transcrevo parte do comentário do próprio autor do post original:
ResponderEliminar"«Numa situação destas o que estavas a provar implicitamente era que a proporção de padres que passam tempo junto a crianças, relativamente ao total de padres, era superior ao tempo médio dispendido com crianças no conjunto de todas as profissões.»
Concordo que é uma possibilidade. Uma explicação possível é que os padres sejam, em média, tão pedófilos como os homens em geral mas têm mais oportunidades para "praticar". Mas precisávamos de mais dados para testar isso, e penso que é raro haver outras profissões com essas oportunidades (nem me ocorre nenhuma em que haja muitos homens em contacto privado com crianças... as que envolvem isso tende a ser dominadas por mulheres)."
Em Portugal há uma tradição de heterossexualidade entre os padres. A instituição da "mula do padre" é prova disso. Lembro-me que um amigo meu, minhoto, me mostrou uma vez a "mula do padre" da freguesia dele: era uma das mulheres mais bonitas da região.
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