- «A maioria absoluta recusou a proposta do Bloco (...) de levantamento do segredo bancário. E deixou tudo na mesma. Para o Bloco, só há duas formas de combater a evasão fiscal: a comparação entre os rendimentos declarados e os rendimentos registados no banco, e o registo de todas as transferências para offshores. Nenhuma delas está a ser aplicada, como devia.
Segundo a lei, as transferências para os offshores já deviam estar a ser registadas. Mas não acontece nada. No primeiro semestre deste ano, mais de 6 mil milhões de euros foram transferidos para os paraísos fiscais, não pagando imposto. O que se perdeu daria para pagar a nova ponte sobre o Tejo.
Pior ainda: o governo orçamentou 1796 milhões de euros de benefícios fiscais para o offshore da Madeira. O que assim se perdeu pagaria 4 grandes hospitais nacionais. O PS tem sido o governo do desperdício fiscal.
(...) Os PPR prometem um complemento de reforma e garantem uma dedução fiscal. Assim, todos os contribuintes pagam para os subscritores dos PPR, e os bancos fazem o negócio. O problema é que o rendimento dos PPR é insignificante, e assim vai ser inútil como complemento de reforma. (...) Qualquer depósito a prazo teria melhor resultado. O que os bancos fazem, e isso explica os péssimos resultados dos PPR, é jogar o dinheiro em acções na Bolsa: quando a Bolsa cai, os fundos afundam; quando ganha, os bancos cobram comissões e as pessoas ganham pouco. Os bancos ganham sempre, as pessoas perdem sempre, e os contribuintes financiam o sistema.» (Francisco Louçã no esquerda.net)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
já comentei sobre isto no teu post anterior, mas agora fica-me uma dúvida (sabes?): os PPR's públicos têm retorno garantido (no sentido que a segurança social tem retorno garantido), ou são tão voláteis quanto os privados?
ResponderEliminarHá PPrs para todos os gostos; isto é há uns que aplicam o dinheiros em produtos com risco e outros sem risco.O cliente escolhe onde pretende colocar o seu dinheiro, não tem de se queixar se porventura o aplicou com risco, o risco aconteceu e ele perdeu; foi a sua opção. O que F.Louçã diz não é a verdade todos nós sabemos isso.
ResponderEliminarOs PPRs da segurança social não têm risco, têm capital e juros garantidos na maturidade.
Anónimo,
ResponderEliminaro que o Louça diz, nestes trechos, parece-me ser verdade.
Ricardo,
o problema é se o Estado começar a investir nos mesmos fundos de pensões dos PPR´s. Se isso acontecer, vai dar ao mesmo...
Neste ponto das deduções fiscais, considerada o "grande trunfo" de Sócrates sobre Louçã, estou muito mais de acordo com a posição do BE.
ResponderEliminarNa verdade acho irónico que Sócrates ataque Louçã precisamente por uma das poucas medidas "responsáveis" que o BE apresenta para pagar o avassalador aumento de despesa que muitas das suas propostas constituiriam.
ResponderEliminarSe assim for, é triste que seja por isto, e não pelo contrário, que Louçã vá perder votos para o PS.