quinta-feira, 4 de junho de 2009

Atenção à abstenção técnica

O número de eleitores recenseados ultrapassa o número de habitantes contados pelo INE em quase 920 mil. Raramente se fala desta discrepância, que pode dever-se a: a) emigrantes temporários (daqueles que, embora não residam, se mantêm recenseados em Portugal); b) mortos não abatidos nos cadernos eleitorais; c) eleitores recenseados em dois locais diferentes (hipótese que, a confirmar-se, seria indicação de erros graves no processo de recenseamento); d) subestimação pelo INE da população total.

Em qualquer dos casos, quando no domingo se falar em «60% de abstenção», deve corrigir-se mentalmente para «talvez 50%».

3 comentários:

  1. Já estão a preparar terreno para minimizar o efeito psicológico de uma enorme abstenção (além de tentar evitar perder a pouca legitimidade que os eleitos já possuem) - que não é explicada por nenhum desses factores.

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  2. Pedro,
    a abstenção técnica é uma realidade. Que não minimiza o facto de as eleições para a Assembleia europeia serem sempre as de maior abstenção.

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