quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Uma Europa com cem bandeirinhas

Portugal vai ter uma embaixada na capital europeia dos traficantes e dos islamistas. Depois de oito meses de tergiversações, o Amado diz que a Rússia perdeu a razão quando saiu em defesa da Ossétia, e que estávamos a ficar sozinhos com os europeus que têm Repúblicas turcas do Chipre, Países Bascos e outras minorias territorialmente homogéneas. Muito bem. Então perdemos também a razão, e agora teremos que reconhecer a independência das Ossétias, Abcásias, Transnístrias, Repúblicas sérvias da Bósnia, húngaros da Roménia, turcos da Bulgária, húngaros da Eslováquia, ciganos daqui e de acolá, mais os bascos, os catalães e os galegos; sem esquecer a Córsega e a Alsácia-Lorena, a Escócia e o Ulster, mais os valões e os Saami, os do sul da Itália e os do norte, e, sobretudo, os Ruténios.
A primeira guerra da Jugoslávia foi só há dezassete anos. Por este andar, em 2025 teremos uma Europa com cem Estados «reconhecidos». Uma Europa, cem bandeiras. E duas bandeiras a rirem-se: a dos EUA e a da Alemanha.

2 comentários:

  1. «Amado diz que a Rússia perdeu a razão quando saiu em defesa da Ossétia»
    Que irónico.

    Ou muito me engano, ou reconhecer a independência do Kosovo é reconhecer o contrário.

    Se a coerência valer alguma coisa, isto é. Consta que na diplomacia é uma moeda sem grande valor...

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  2. Lógica exemplar.
    Aplicando o raciocinio do MNE
    poderíamos citar a fundação nacional como Reino de Portugal e Algarves para conceder a independencia ao distrito de Faro. E com a quantidade de ementas e letreiros em inglês até podiam juntar-se á Commonwealth, como Moçambique.

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