- «Sendo visceralmente contra a pena de morte e adversário da violência, não aceito que os valores actuais, em democracia, alimentem o coro ressentido contra os regicidas de 1908 – cidadãos que mudaram o curso da história, em Portugal. Grande parte da opinião pública desconhece o contexto do regicídio. Ignora a suspensão real da Carta Constitucional, que permitiu ao ditador João Franco encerrar o Parlamento, reprimir manifestações, fechar jornais, encarcerar grande parte da oposição republicana, e até monárquica, que se propunha degredar para Timor. É neste contexto que os regicidas ousaram tirar a vida ao rei, sabendo que sacrificavam a sua. (...)» (Carlos Esperança)
- «Senhor Presidente, Como representante da República Portuguesa, em minha opinião, foi infeliz e afrontou a memória da República ao prestar pública homenagem ao rei D. Carlos nesta precisa data. Quem há cem anos morreu não foi o aguarelista, ou o ornitólogo, ou o oceanógrafo, ou o biólogo marinho, ou o meteorologista, ou o “homem do mar”, o desportista, o caçador, ou o curioso pelo progresso ou pelos gadgets – como hoje se diria. (...) Quem morreu há cem anos foi o rei D. Carlos, o perdulário, o que rompeu com a Constituição, o que instalou a ditadura, o que assinou o decreto da repressão. Foi a esse rei que o senhor prestou homenagem.» (Pedro Azevedo Peres)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
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