Quando, por exemplo, um casal está angustiado porque um dos dois foi acabado de ser diagnosticado com um cancro. Quando esse casal está atordoado com medo, sem saber se um dos dois vai morrer ou não, se vai ver os filhos de 4 anos crescerem, se os vai poder acompanhar, acarinhar e proteger, ou se vai morrer miseravelmente, em poucos meses, num sofrimento atroz, enfiarem-lhes um padre dentro do quarto a debitar afirmações boçais e supersticiosas, juntamente com perguntas indecorosas sobre a fé deles, e depois a deitar-lhes olhares assassinos quando os feitiços dele são gentilmente recusados, é uma violação da intimidade, da privacidade, do bom gosto e do decoro que nenhum estado devia ter o direito de perpetrar impunemente.
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
Padres e Hospitais
Não há qualquer justificação para um estado sujeitar os cidadãos não crentes a uma manifestação de estupidez boçal e superstição medieval num hospital público.
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