- «Para saber se um neoliberal é um liberal, convém perguntar-lhe:- o que pensa da criminalização das drogas;- o que pensa das leis que regulam os comportamentos sexuais;- o que pensa da validação, pelo Estado, dos casamentos entre homossexuais; (...) - se pensa que a blasfémia pode ser, em certas circunstâncias, um crime;- idem em relação à obscenidade;- idem em relação à pornografia; (...) - se acha que o direito à propriedade prevalece sempre sobre todos os outros, ou se pode haver outros que prevaleçam sobre ele em caso de conflito; (...) - se acha que o Estado, por natureza, oprime as pessoas; - se acha que o Estado, por natureza, liberta as pessoas; - se acha que o Estado, por natureza, oprime e liberta, sendo necessário organizá-lo de modo a que liberte o mais possível oprimindo o menos possível;- como é que dispõe, por ordem de valor, os indivíduos, as famílias, as comunidades identitárias, as nações e as empresas.» («O Neoliberalismo não é (necessariamente) um Liberalismo», no As Minhas Leituras.)
- «De seis em seis meses, já sabemos que vamos ter que gramar com as lições de governação do Compromisso Portugal. (...) Desdobrando-se em entrevistas e declarações a toda imprensa, lá aparece o inevitável Carrapatoso, armado em Marcelo, a dar notas ao Governo e a explicar-nos - como se fôssemos muitos burros - do que é que o país precisa. (...) Liberalização dos despedimentos, o Estado pagar a inscrição nas escolas privadas, continuar o caminho na diminuição das reformas e aumento da idade de aposentação. (...) O discurso é igual ao de Sócrates, ponto por ponto. Não é de estranhar. Afinal, foi apenas ontem que um ministro do governo socialista apresentou aos parceiros sociais um pacote negocial para facilitar os despedimentos, a diminuição das férias e do valor do seu subsídio, o fim do limite do horário de trabalho diário, a possibilidade de baixar os salários, novos tipos de contrato precário.» («Foi você que votou neste senhor?», no Zero de conduta.)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
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