- «(...) parece ser plausível a ideia de que o segredo para o fôlego do capitalismo tem residido na sua plasticidade e maleabilidade para acomodar até certo ponto lógicas de redistribuição da riqueza e de acesso a bens e serviços cruciais sem a mediação mercantil (...)» («Economia Política do Capitalismo: as hipóteses da impureza e da variedade», no Ladrões de Bicicletas.)
- «Se é pela virtude e pelo exemplo moral que se deve seguir a pretensão de Maria Filomena Mónica, porque razão determo-nos nos políticos? Os médicos devem ser um modelo cívico de higiene e saúde. Porque não sabermos se o nosso médico fuma, bebe ou sai à noite? E os professores, que educam os nossos filhos, porque não sabermos os detalhes íntimos de cada um deles? As hipóteses são inesgotáveis.» («O doce charme do voyeurismo», no Zero de conduta.)
- «(...) a ética não é uma resposta a pressões externas, nem um meio para um fim. Não é o que fazemos para escapar à prisão ou para agradar a um deus. São as restrições que nós próprios impomos aos nossos actos. Se em todo o universo só existir eu e um cachorro, a ética vem da compreensão que não devo dar um pontapé no bicho porque isso vai magoá-lo. É o critério final que avalia os meus actos. Não depende do polícia, dos santos, de Deus nem da tia Dele.» («Ética, parte 3: Deus?... Para quê?», no Que Treta!)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
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