- «(...) as pechas dos “revisionistas” (que se perdoe a expressão) que, alcandorados no meio académico, pretendem criar a inibição social de se continuar a falar de “fascismo salazarista” (por pecado de falta de rigor), são algumas (...) O primeiro grande sofisma dos “revisionistas” é que falam da referência ao “modelo fascista” como se ele tivesse existido e permanecido em estado puro algures (...) E se formos por esta mesma via, não só não houve fascismo em Portugal, como ele igualmente inexistiu em Espanha, na Hungria, na França-Vichy, na Croácia, na Eslováquia, na Hungria. Porque nenhum deles foi cópia dos fascismos italiano e alemão. E no entanto, a matriz foi a mesma (...) A adopção por Salazar do “modelo fascista italiano” foi dominante na sua prática política (...) ao contrário dos fascismos italiano e alemão, o Estado Novo, em termos territoriais e de “espaço vital”, em vez de expansionista era um aflito conservador dos seus territórios coloniais (...) A LP desempenhou funções repressivas brutais e tinha um completíssimo serviço de controle, informações e denúncias.» («Ainda o fascismo e o salazarismo (1)», no Água Lisa (6).)
- «O Governo português decidiu desactivar a embaixada portuguesa no Iraque por considerar perigos vários e falta gritante de condições de segurança. Ao mesmo tempo, os Serviços de Estrangeiros e Fronteiras do Ministério da Administração de Interna resolveram recusar o pedido de asilo a um cidadão iraquiano alegando “não estar provado que não existem condições de segurança no Iraque”.» («A cobardia nunca é muito generosa», no Cinco Dias.)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
Alguem dizia que a esquerda precisa de Salazar como de pão para a boca...
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