- «É possível a vida humana sem Estado, a sociedade sem Estado. Nesta, existe a liberdade do mais forte – por exemplo, a liberdade para cometer homicídio. Tal sociedade e tal liberdade, contudo, nada têm a ver com o Liberalismo. O Liberalismo, pelo contrário, representa a evolução da organização social na dependência de um Estado. O Liberalismo representa uma forma elaborada e historicamente evoluída do estatismo. Não existe Liberalismo sem estatismo, sem a existência de Estado. Sem Estado, não existe o Liberalismo, mas poderá existir uma vida "solitária, pobre, sórdida, selvagem e curta". A liberdade individual, entendida como a liberdade da generalidade dos indivíduos, no contexto de uma dada civilização, não é incompatível com a existência de um Estado. Muito pelo contrário, a existência de um Estado é uma condição sine qua non para a liberdade individual (mas certamente não é condição suficiente).» («O Estado, condição sine qua non do Liberalismo», no Blasfémias.)
- «Tem sido de todo interessante o debate autofágico em curso em blogues liberais. Aquele que em tempos anunciaram como "o maior defensor da liberdade em Portugal nos últimos 20 anos" (sic), Pedro Arroja, afinal resume o seu "liberalismo" a duas teses peregrinas: a de que a instituição mais liberal de sempre terá sido a Igreja Católica, e a de que Salazar era liberal. (...) Por outro lado, é significativo que senhores como Arroja ou André Azevedo Alves se sintam hoje tão à vontade para defender a ICAR e o salazarismo com a maior das desfaçatezes. Deve lembrar aos mais distraídos que a Democracia não é um facto, antes uma circunstância, e que o nosso esquecimento e alheamento são o terreno dos novos salazares, desta vez, suprema das ironias, mascarados de liberais.» («O liberal-salazarismo», no 2+2=5.)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
Este Pedro Arroja é o mesmo que ia à televisao defender a privatizacao dos tribunais ha 20 anos?
ResponderEliminarTem um texto delicioso sobre a inflacao e a democracia num blogue qualquer! Parece que foi o 25 de Abril de 1974 que provocou a inflacao em 1973. :-)
É o mesmo Pedro Arroja que defendia a privatização dos rios aqui há uns anos. E que deu uma entrevista em que dizia que a escravatura foi economicamente benéfica para os «negros» e que eles até foram para os EUA «voluntariamente»...
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