- «O caso até parece ter sido criado para ilustrar os argumentos dos defensores do "sim" no próximo referendo: paraplégica desde os 12 anos, há quase três décadas em cadeira de rodas, vinte operações à coluna ao longo da vida, Maria Luísa soube sempre que, devido à escoliose que lhe afastou o útero para o lado esquerdo, se desejasse ser mãe (...) teria de passar seis meses deitada - o que não será simples de aceitar para alguém que, até aos 18 anos, festejou quatro aniversários e quatro Natais em camas de hospitais. (...) No dia 14 de Maio, a pílula que tomava não produziu efeito, provavelmente por ter sido neutralizada pelos seis comprimidos (incluindo antibióticos e anti-inflamatórios) que tomou naquela semana.» («Maria Luísa, paraplégica, 41 anos, teve de ir a Badajoz», no Diário de Notícias.)
- «Neste caso, o do aborto, só há dois tipos de resposta: as irracionais e as absurdas. As irracionais são aquelas feitas de frágeis equilíbrios, compromissos, males menores (o aborto é sempre um mal menor e nunca algo de bom). As absurdas são feitas de certezas, coerência lógica. As absurdas dizem ou que (1) o aborto é homicídio premeditado e devia levar 25 anos de prisão [alguns cristianistas americanos, raros] ou (2) o aborto devia ser livre até aos 18 meses [Peter Singer, esse achado do não]. Estas posições são perfeitamente lógicas, mas humanamente absurdas. Por outro lado, toda a posição sensata é ilógica e baseada em andar por uma linha divisória que não existe entre vários males, à procura de um equilíbrio.» («Ilógico ou absurdo», no Rabbit´s blog.)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
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