- «Os neo-liberais gostam muito de se afirmar como "defensores da liberdade". (...) Mas vejamos mais detalhadamente esta questão: se todos os hospitais fossem privados, ou seja, empresas (...) necessariamente alguns teriam mais qualidade que outros; esses seriam os que dispusessem dos melhores médicos, enfermeiros e equipamentos. Ora, estes hospitais seriam os mais procurados, o que, na lógica da empresa, permitiria cobrar preços mais elevados que outros menos competitivos. (...) Como se entende, a suposta "liberdade" de escolha de hospitais só se aplicaria a quem dispusesse de 5000 euros para a cirugia; para todos os outros, esta solução resultaria em ainda menor liberdade, uma vez que teriam de utilizar o hospital mais barato, que ainda por cima tem piores médicos, enfermeiros e equipamentos.» («A falácia da liberdade», no 2+2=5.)
- «Os Blins são os perfeitos criadores do Universo, omnipotentes, omniscientes e omniverdes. (...) Porquê estudar os Blins? O estudo dos Blins é o mais elevado empreendimento do intelecto humano, pois é a única via para revelar o propósito do Universo, o sentido da vida, e a verdadeira utilidade dos alfinetes com cabeça em forma de joaninha. Mas não há evidências que os Blins existam, pois não? A existência dos Blins é uma questão metafísica e transcendente que não pode ser abordada pela ciência, pois o método científico assume à partida uma posição exclusivamente ablínica. Mais, aceitar a existência dos Blins é um acto de fé, e a única forma de receber a Sua graça.» («Introdução à Blinologia», no Que Treta!.)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
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