- «Os crucifixos na escola pública são inconstitucionais», por mim próprio, no Diário Ateísta.
- «O fascismo que sustenta a cruz», por Boss, no Renas e veados.
- «Crucifixos», por Jerico, n´O Jumento.
- «Símbolos discriminatórios», por José Pedro Nunes, no Blasfémias.
- «O que são falácias grosseiras», por Carlos Abreu Amorim, no Blasfémias.
- «Cumprir a lei - mas só se pedirem muito», por João Gato, no Boina Frígia.
- «Radicalismo e intolerância», por Rui Pena Pires, no Canhoto.
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
quarta-feira, 30 de novembro de 2005
Revista de blogues (30/11/2005)
terça-feira, 29 de novembro de 2005
Manuel Alegre e a integração dos imigrantes
Ressalvando que alterar a lei "não é competência do Presidente da República", o candidato quis pronunciar-se sobre o assunto, acrescentando: "Tenho o direito de me exprimir e faço-o, ao contrário de outros".
sexta-feira, 25 de novembro de 2005
Avançaram-se mais uns centímetros? Ou é só mais uma tese?
American heroes (1.5): Thomas Jefferson
quarta-feira, 23 de novembro de 2005
Eu e a blogo-esfera (2): vantagens e desvantagens
terça-feira, 22 de novembro de 2005
Entrevista imaginária com Cavaco Silva
Resposta - Finanças!
P. - E deverá haver um referendo sobre matéria europeia?
R. - Competência!
P. - E o aborto deve ser despenalizado?
R. - Economia!
P. - E acha que os homossexuais se podem casar?
R. - Tecnocracia!
P. - E adoptar?
R. - Finanças!
P. - E se houver uma guerra contra o Irão?
R. - Competência!
P. - Admite exonerar Alberto João Jardim?
R. - Economia!
P. - Empossaria um governo de frente de esquerda?
R. - Tecnocracia!
P. - Pensa convidar sacerdotes católicos para cerimónias oficiais?
R. - Finanças!
P. - Em que condições pensa reunir com o Conselho de Estado?
R. - Economia!
P. - E o centenário da República?
R. - Competência!
P. - E quanto à integração dos imigrantes?
R. - Tecnocracia!
P. - E se a regionalização for novamente proposta?
R. - Finanças!
P. - E as relações com os países lusófonos?
R. - Competência!
P. - E a situação dos idosos?
R. - Economia!
P. - E se houver uma greve complicada, ouve as pessoas em privado, em público, ou vai para fora?
R. - Tecnocracia!
P. - E se alguém de repente lhe oferecer flores?
R. - Tecnocracia!
segunda-feira, 21 de novembro de 2005
Linguiça, Lobo Antunes e outras divagações
E no entanto, estou convencido de que se enganam... Minutos depois, ao ver um telejornal, Mário Soares apareceu. No breve espaço de uma notícia, conseguiu comprar enchidos e o último livro do Lobo Antunes, e ainda, veja-se lá, falar de política.
É fácil imaginá-lo a entrar numa sala cheia de apoiantes. Deve conseguir cumprimentar todos os presentes e dar trinta segundos de atenção a cada pessoa, sempre com aquele sorriso afável, e até será capaz de trocar umas palavrinhas com cada uma. Sobre linguiça ou Lobo Antunes, tanto faz: nota-se que tem um gosto genuíno em falar com as pessoas. E é por isso que vai ganhar. Por se notar e por se sentir que é genuíno.
Não é difícil de prever que de hoje até ao dia de reflexão conseguirá aparecer todos os dias. Sempre interessando-se por algo diferente e sempre sorridente.
domingo, 20 de novembro de 2005
American heroes (1.4): Thomas Jefferson
(Thomas Jefferson, numa carta a Harrison Smith, em 1816.)
quinta-feira, 17 de novembro de 2005
Olivier Roy: «Get French or Die Trying»
Para que serve um Presidente?
A mais importante dessas questões será, na minha opinião, o destino do projecto de tratado constitucional para a Europa. Manuel Alegre tem a este respeito uma posição absolutamente clara: o Tratado deve ser refeito e submetido a referendo. E também por isso tem a minha intenção de voto.
No próximo mandato discutir-se-á também, seguramente, a despenalização da interrupção voluntária de gravidez. As ambiguidades e silêncios do candidato da direita nesta e noutras questões permitem-me arriscar uma previsão: se Cavaco Silva vencer em Janeiro, o aborto só será despenalizado após 2016. Para nada dizer de outras questões sociais, como o casamento de homossexuais: basta olhar para a Comissão de Honra de Cavaco Silva...
Por agora, ficam estas questões. Depois, haverá mais.
quarta-feira, 16 de novembro de 2005
Jason Burke: «France and the Muslim myth»
American heroes (1.3): Thomas Jefferson
(Thomas Jefferson numa carta a Thomas Law, em 1814; é uma passagem curiosa pelo reconhecimento de que é possível ser ateu e virtuoso, o que hoje é óbvio mas à época era uma opinião rara; note-se que Jefferson dizia-se deísta ao nível da crença, e era unitário ao nível da prática religiosa.)
terça-feira, 15 de novembro de 2005
A miséria da ideologia
American heroes (1.2): Thomas Jefferson
segunda-feira, 14 de novembro de 2005
American heroes (1.1): Thomas Jefferson
quarta-feira, 9 de novembro de 2005
Francisco Louçã proferiu a palavra que começa por «L»
Revista de blogues (9/11/2005)
- «França: integração em cinzas», por Rui Curado Silva (no Klepsýdra): um elucidativo depoimento pessoal (sem rancores nem ilusões) de alguém que conheceu na pele a violência dos subúrbios franceses.
- «Paris e o sobressalto (1)» e «Paris e o sobressalto (2)», por Alexandre Andrade (no umblogsobrekleist): uma desmontagem meticulosa de algumas das armadilhas intelectuais em que caíram os neoliberais francofóbicos que tão facilmente «descobriram» o que correra mal em França.
- «Dedicatória», por Luís Rodrigues (no Random Precision): porque esta é uma semana em que devemos lembrar aos evangelizadores que por aí andam que nem todos somos católicos.
terça-feira, 8 de novembro de 2005
Revista de blogues (8/11/2005)
- «Motins em França», por Rui Pena Pires (no Canhoto): a melhor análise que li na blogo-esfera lusa sobre os acontecimentos de França.
- «A Opus Dei e a candidatura de Cavaco Silva», no Geosapiens: uma chamada de atenção importante para a presença massiva do Opus Dei na candidatura de Cavaco Silva.
- «A visita pascal (crónica)», por Carlos Esperança (no Ponte Europa): é raro publicarem-se textos tão literários nos blogues.
segunda-feira, 7 de novembro de 2005
Os motins na França
- Há uma condenação clara da violência;
- Acusa-se Sarkozy de ter substituído o policiamento de proximidade pelos esquadrões de intervenção rápida, o que foi feito, aliás, por razões economicistas (ler o que diz Chevénement, ex-Ministro do Interior);
- Critica-se Sarkozy pelos seus deslizes verbais (o já famoso uso do delicado termo «escumalha», mas também a rapidez em acusar os jovens eletrocutados de serem «ladrões», quando não está provado que o fossem);
- Acusa-se ainda o Governo de ter feito cortes nos programas de emprego jovem e de apoio às associações culturais e de mediação (ver no PSF, por exemplo), ao mesmo tempo que se têm reforçado os apoios governamentais às associações islâmicas (o que permite à Gauche Républicaine tirar as conclusões que se lêem no artigo anterior);
- O SOS Racisme sublinha a ausência de medidas que penalizem as empresas que fazem discriminação racial no recrutamento, e recorda que os maiores prejudicados por estes motins são os habitantes dos subúrbios.
Apesar de tudo, parece-me importante sublinhar que não se trata de motins inter-étnicos como acontecem regularmente nos EUA, no Reino Unido, ou como aconteceram, em menor medida, na Holanda após a morte de Theo Van Gogh. A violência parece estar a ser dirigida preferencialmente contra a polícia e contra a propriedade, não contra as pessoas. E mesmo assim, já é o surto de violência urbana mais impressionante deste século, na Europa...
(O meu esforço para compreender os vários sentidos em que se usa a palavra «multiculturalismo» pode ser lido em «Multiculturalismo(s): identidade cultural é opressão individual».)
«Les banlieues s'enflamment: à qui profite le crime?»
domingo, 6 de novembro de 2005
O «contrato presidencial» de Manuel Alegre
(...)
Porque há duas maneiras de entender a identidade de um povo: a identidade-raízes e a identidade-projecto. Portugal tem uma fortíssima identidade histórico-cultural, mas está debilitado quanto à mobilização em torno de uma vontade colectiva.
(...)
Defender a igualdade de homens e mulheres é para mim uma prioridade da organização social.
Candidato-me em defesa de uma sociedade cosmopolita e de inclusão, que saiba conjugar diversidade e cidadania, prevenindo a segmentação social e a discriminação racial.
(...)
Será que a Constituição está a ser cumprida quando há dois milhões de portugueses em estado de pobreza, mais de meio milhão de desempregados, tantas famílias sem habitação condigna, tantos atentados ao meio ambiente, tanto insucesso e abandono escolar, tantas assimetrias regionais e desequilíbrios sociais?
(...)
Quero deixar clara a minha posição: não há modernização do sistema de ensino sem escola pública de qualidade.
(...)
Neste momento sensível de crise da construção europeia, penso que um país como Portugal deve procurar estar no núcleo duro dos centros de decisão europeus, impedindo que a UE seja regida por um directório de grandes potências. Não devemos hesitar em defender os interesses nacionais. Nem arrogância, nem subserviência perante os poderes europeus. A partilha de soberanias em nada afecta, antes reforça, a identidade nacional. Não me conformo com uma visão da Europa que a reduza a um vasto mercado.
(...)
O tratado constitucional europeu deve ser refeito ou revisto de modo a simplificá-lo e permitir submetê-lo a um referendo europeu novo e geral.
(...)
Temos de tornar claro que não interpretamos o extremismo religioso como fazendo parte da cultura islâmica, com a qual temos laços de proximidade que devemos aprofundar.
(...)»
American heroes (4): William Lloyd Garrison
This wonderful "experiment" that we are now making is precisely this - to see how long we can plunder, with impunity, two millions and a half of our population; how much labor we can extort with the cart-whip, how near to a level with the brute creation we can reduce every sixth man, woman, and child in the land... "If it fails here", says Dr. B.; but IT HAS FAILED - we are not, we have never been, and while slavery exists we can never be, a free people... and we are rushing down to destruction as fast as time will allow us.»
(William Lloyd Garrison foi um dos líderes dos abolicionistas que pressionaram pela abolição da escravatura; aqui responde, em 1836, aos argumentos de Lyman Beecher, um clérigo presbiteriano.)
quinta-feira, 3 de novembro de 2005
Eu e a blogo-esfera (1): impressões iniciais
Os formatos condicionam inevitavelmente as formas de funcionamento, como é sabido. Até então, eu participara na internete num formato de debate deliciosamente igualitário (não há que ter medo da palavra) e facilmente alternativo (no sentido de ser fácil impôr a discussão de temas ausentes dos media tradicionais): os niusgrupes. Aí, qualquer afirmação e qualquer resposta tinham o mesmo destaque e presumivelmente eram lidas, em média, pelo mesmo número de pessoas. (Pormenor importante: era impossível saber quantas pessoas estavam a ler o fórum sem participar.) Qualquer argumento apresentado que não passasse pelo crivo (factual e opinativo) das respostas e contra-respostas ficava refutado. O modo de funcionamento desses fóruns acabava assim por sancionar quem apresentava argumentos de autoridade (ou mal fundamentados) e também (a bem da confiança nos debates) os anónimos (que muitas vezes eram totalmente ignorados). Claro que o «lado de baixo» da igualdade de armas era o ambiente de quezília persistente e a violência argumentativa que fazia com que muitos recém-chegados não aguentassem mais do que um mês. As vantagens, para mim, eram duas: aperfeiçoar argumentos e debater temas que os media tradicionais desprezam.
Nos niusgrupes, não havia espaço para «personalidades», pois eram rapidamente descidas do seu pedestal e tratadas de igual para igual. Por isso, os políticos e escritores que agora têm o seu bloguezito muito conhecido e citado seriam incapazes de os frequentar. Mais importante, os maus argumentos eram destroçados rapidamente, ou contornados por uma discussão sobre outro tópico... Os blogues pareceram-me, inicialmente, uma traição a este espírito saudável e exigente.
«Educação sexual» com fotografia de crucifixo (sexualmente?) «educativo»

quarta-feira, 2 de novembro de 2005
Eu e a internete
American heroes (3): Thomas Paine
