tag:blogger.com,1999:blog-11334150.post9217749045754524925..comments2023-10-26T15:13:35.238+01:00Comments on Esquerda Republicana: Racionalidade automóvel: o exemplo espanholRicardo Alveshttp://www.blogger.com/profile/03801903003049105480noreply@blogger.comBlogger13125tag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-17101701166358493712011-03-09T12:45:48.851+00:002011-03-09T12:45:48.851+00:00«a mesmo que exista alguma» = «a menos que exista ...«a mesmo que exista alguma» = «a menos que exista alguma»<br /><br />Isto causou um equívocoJoão Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-86683501111567765062011-03-08T23:23:38.468+00:002011-03-08T23:23:38.468+00:00«manda o bom senso em questões que digam respeito ...«manda o bom senso em questões que digam respeito à liberdade individual estar em desacordo com o João Vasco,»<br /><br />Sou um grandessíssimo de um liberalJoão Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-71916835847230411412011-03-08T16:01:01.666+00:002011-03-08T16:01:01.666+00:00Quanto às cilindradas e consumos disparatados, tot...Quanto às cilindradas e consumos disparatados, totalmente de acordo.<br /><br />Se se proibem lâmpadas incandescentes, também se deviam proibir veículos com consumos injustificáveis. Um automóvel novo que consuma 10 aos 100 devia ser fortemente taxado.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-77682492104753197712011-03-08T15:55:55.574+00:002011-03-08T15:55:55.574+00:00Não é por acaso que o consumo se mede em litros po...Não é por acaso que o consumo se mede em litros por 100 km. Reduzir a velocidade reduz a taxa de consumo instantâneo, mas aumenta-se o tempo de viagem e portanto o de consumo. Como um e outro variam de forma inversa tudo isso redunda no mesmo...<br /><br />Isto admitindo que o consumo é proporcional às rotações do motor no mesmo diferencial (reduzi-lo só ia piorar o consumo, de qualquer maneira), e que o atrito do ar é semelhante nas duas situações.<br /><br />Mas mesmo que haja um decréscimo do consumo, diminuir a velocidade de 120 para 110 km/h vai poupar exactamente quanto? Parece-me uma proposta perfeitamente populista...<br /><br />Se não houver diferença, o único inconveniente são mais 4 minutos e meio de viagem para cada 100 km. Isto para os condutores zelosamente cumpridores...Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-71021338847107281262011-03-08T00:37:51.860+00:002011-03-08T00:37:51.860+00:00Rui,
manda o bom senso em questões que digam respe...Rui,<br />manda o bom senso em questões que digam respeito à liberdade individual estar em desacordo com o João Vasco, mas desta vez eu concordo com ele pelo menos em certos aspetos, como na questão (crucial) que a única razão para fixar limites de velocidade deve ser a segurança, nomeadamente a segurança dos outros.<br />Acho muito mais útil legislação que contrarie a tendência para o uso quotidiano do automóvel, nomeadamente impostos sobre a gasolina e sobre os carros de grande cilindrada (assunto sobre o qual estou totalmente de acordo contigo). Acho contraditório que o estado espanhol queira diminuir o consumo de petróleo baixando os limites de velocidades e continue a ter os combustíveis mais baratos da Europa.<br />Pessoalmente creio que o uso quotidiano do automóvel deve ser evitado ao máximo, e só em caso de efetiva necessidade. Agora, quando se usa o carro é para tirar dele o melhor proveito. Ou seja... na autoestrada os carros devem ser poucos e andar depressa. (Concordo absolutamente com o que o Ricardo Alves diz sobre os irrisórios controlos de excesso de velocidade em Portugal, mas creio que o principal problema nesse aspeto está nas localidades e nas estradas nacionais e não propriamente nas autoestradas.)<br />Prometi ao Miguel dar-lhe porrada (na forma de um texto) a propósito do que ele escreveu sobre o subsídio aos transportes públicos (ainda não tive tempo de o escrever). Se ele quiser pode dar-me porrada também por este meu comentário (sei que vontade não lhe faltará).<br />Abraços e bom Carnaval a todos.Filipe Mourahttps://www.blogger.com/profile/02271995980543311487noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-90310078718211754542011-03-07T19:55:03.731+00:002011-03-07T19:55:03.731+00:00Portagens para ter acesso aos centros de TODAS as ...Portagens para ter acesso aos centros de TODAS as cidades - só a veículos ligeiros - seria uma medida tão impopular quanto eficaz. Mas isso só quando um dia alguém suspender a democracia.Kruzes Kanhotohttps://www.blogger.com/profile/00054291668591935796noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-60476930997400282962011-03-07T16:51:13.009+00:002011-03-07T16:51:13.009+00:00«refiro que esta medida se enquadraria bem num con...«refiro que esta medida se enquadraria bem num conjunto de "alterações profundas da fiscalidade automóvel"»<br /><br />Eu acho que essa medida seria dispensável nesse conjunto.<br /><br />A ironia é que constantemente dizem que Portugal tem impostos altíssimos sobre os combustíveis automóveis, comparando os nossos impostos com os espanhois. <br />Mas os impostos espanhois é que são uma anormalidade. Os nossos são valores razoáveis tendo em conta a realidade europeia e os espanhois são baixíssimos. <br /><br />Ora Espanha tinha muito a fazer neste campo: punha impostos razoáveis, como os nossos, o que não só iria levar a uma diminuição significativa das importações de petroleo e danos ambientais resultantes, como seria mais eficiente em termos económicos, e acabaria a romaria de gente no interior a desperdiçar petroleo porque quer encher o depósito na fronteira. Aí ficavam todos a ganhar: os contribuintes espanhois porque a receita que viesse daí não vinha de outros lados, o objectivo de diminuir as importações, o ambiente mundial, a liberdade individual, e até os cofres lusos. <br /><br />Em vez disso, preferem manter a política absurda de petroleo baratíssimo, e andar a pôr meia dúzia de autocoloantes, levando a desacreditar a motivação que os limites à velocidade na estrada têm: a segurança rodoviária. As importações não vão diminuir de forma significativa, e em vez de gerar receitas ficais isto vai gerar despeza e burocracia inútil. E isto vai irritar as pessoas, se sentem a arbitrariedade da medida. Para impôr sacrificíos, ao menos que sejam úteis. Isto ainda vai desacreditar a preocupação - saudável - pelo excesso de consumo de petroleo, e respectivas implicações.<br /><br /><br /><br /><br />«Gosto e interesso-me por carros, uso dessa tal liberdade que referes para fazer uns piõezecos em quintais de amigos. Para lá das questões ambientais, segurança, recursos escassos, etc, acho que a minha liberdade deve ter limites se os meus concidadãos estão a pagar juros de dívida mais altos»<br /><br />O problema é que uma medida avulsa cria um limite para te endividares a comprar ISTO mas não AQUILO. <br /><br />Então, mesmo que prefiras comprar ISTO a AQUILO e o efeito de ambas as compras seja o mesmo nos juros colectivos, esta medida vai fazer com que tu compres AQUILO, prejudicando-te a ti sem beneficiar ninguém. <br /><br />Este é um problema que acresce ao problema moral de te impedir de comprar ISTO (que não deixa de ser relevante).João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-89136807668985330752011-03-07T16:35:26.276+00:002011-03-07T16:35:26.276+00:00João,
no final do meu texto refiro que esta medid...João,<br /><br />no final do meu texto refiro que esta medida se enquadraria bem num conjunto de "alterações profundas da fiscalidade automóvel", que poderiam ser tomadas a nível ibérico ou europeu. Não a vejo apenas como uma "medidinha" (como diz o JCD) ou medida arbitrária como a dos tapetes. <br /><br />Há irracionalidades grandes no sector automóvel. Hoje em dia até na F1 e nos rallies se estabelecem limites para os motores, mas nas nossas estradas continuam a circular carros com motores com mais de 2000, 3000, 3500 cc, com 150 cv, 200 cv, que atingem velocidades máximas de 200, 220, 250 km/h veículos todo-o-terreno, etc. Gosto e interesso-me por carros, uso dessa tal liberdade que referes para fazer uns piõezecos em quintais de amigos. Para lá das questões ambientais, segurança, recursos escassos, etc, acho que a minha liberdade deve ter limites se os meus concidadãos estão a pagar juros de dívida mais altos, não só mas também, porque eu gosto de fazer piões ou porque me apetece fazer Lisboa-Porto em 1 hora e meia a 200 e tal à hora. A crise das subprime e outras crises já mostraram que se não forem os reguladores (essencialmente o Estado) a tomar a iniciativa alguma coisa ninguém o fará. E que se segue a uma crise profunda ou à falência de um estado são décadas em que perdemos efectivamente a liberdade para comprar tapetes, fazer piões e muitas outras liberdades bem mais sérias.Rui Curado Silvahttps://www.blogger.com/profile/06753066181017345712noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-8701065130846861122011-03-07T16:00:11.052+00:002011-03-07T16:00:11.052+00:00Rui:
« há uma diferença entre a tarifa alfandegár...Rui:<br /><br />« há uma diferença entre a tarifa alfandegária (aplicável a países extra-comunitários) e esta medida. A tarifa alfandegária abrange todas as aplicações do petróleo: »<br /><br />Esse ponto pretende responder às alegações a) e c), mas não vejo como pretende responder à alegação d).<br /><br />Por outro lado, da mesma forma que tais medidas abrangeriam todas as aplicações de petroleo, também teriam o mérito de lidar com diferentes formas de desperdício e não com uma escolhida arbitrariamente.<br /><br /><br />Sobre o ponto b), devo dizer que a crise do subprime é quase um catálogo de falhas de mercado, desde problemas de agência, opacidades várias e assimetrias de informação, etc... <br />Mas o meu ponto b) era precisamente para os casos em que não existe "falhas de mercado". Como esse da gasolina, excepção feita à externalidade ambiental de cuja cobrança sou (muito) a favor.<br /><br />Se alguém quer poupar uns minutos e com isso conduzir mais rápido desperdiçando mais combustível, só vejo dois problemas: o da segurança rodoviária, e o ambiental. Colocando o limite de velocidade tendo apenas como preocupação a segurança rodoviária, e taxando o combustível cobrando as externalidades devidas tendo em conta a questão ambiental, já só sobra a liberdade de escolha do automobilista. Se ele se quer endividar - e provavelmente nem será o caso - comprando bens da arábia saudita, está no seu direito, seja um tapete que nunca vai usar, seja chegar onde quer uns minutos mais cedo.<br /><br />É uma arbitrariedade ineficiente (e aqui, lembrar a alegação e), que atenta contra a liberdade das pessoas. Já agora, porque não limitar o número de tapetes persas e turcos em casa das pessoas? Também diminui as importações e o endividamento...João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-82454740598142730862011-03-07T15:43:18.684+00:002011-03-07T15:43:18.684+00:00João,
a) c) e d) há uma diferença entre a tarifa ...João,<br /><br />a) c) e d) há uma diferença entre a tarifa alfandegária (aplicável a países extra-comunitários) e esta medida. A tarifa alfandegária abrange todas as aplicações do petróleo: transportes, saúde, agricultura, etc. Esta medida restringe-se a um acto de desperdício sem qualquer benefício para o sector dos transportes. Graças aos GPS hoje sabemos que o tempo que se ganha numa viagem de algumas centenas de quilómetros é irrisório quer se conduza a uma velocidade máxima de 110km/h ou 140 km/h. O factor que mais pesa no tempo de viagem é quantidade de vezes que paramos para fazer um chichizinho ou beber um café para não adormecer;<br /><br />b) como deves saber a actual crise mundial chegou onde chegou graças às subprimes e à "(ir)responsabilidade de cada agente". Aqui eu discordo completamente. O Estado deve regular actividades que representam um suicídio para o país, em que a irresponsabilidade de uns cidadãos põe em causa o futuro dos outros. A crise portuguesa é essencialmente dívida privada. Como podes verificar cerca de 95% dos portugueses estão endividados mas ninguém assume as culpas (empresas, banca, particulares que compraram casa), as culpas são todas chutadas para o Estado. Gostaria muito que o que referes sobre a responsabilidade fosse assumido, até porque faço parte dos restantes 5%.Rui Curado Silvahttps://www.blogger.com/profile/06753066181017345712noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-46969753876158389952011-03-07T15:21:25.257+00:002011-03-07T15:21:25.257+00:00Ricardo,
concordo.Ricardo,<br /><br />concordo.Rui Curado Silvahttps://www.blogger.com/profile/06753066181017345712noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-24907083834928276302011-03-07T14:51:31.034+00:002011-03-07T14:51:31.034+00:00Rui,
a fiscalização do excesso de velocidade em Po...Rui,<br />a fiscalização do excesso de velocidade em Portugal é de uma timidez assustadora.Ricardo Alveshttps://www.blogger.com/profile/03801903003049105480noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-68399615136347055732011-03-07T13:56:17.061+00:002011-03-07T13:56:17.061+00:00Discordo, e por várias razões:
a) se o objectivo ...Discordo, e por várias razões:<br /><br />a) se o objectivo é diminuir as importações de petroleo através de intervenções estatais ao funcionamento do mercado de petroleo, então faz mais sentido cobrar uma tarifa alfandegária.<br /><br />Se isto é impossível devido a algum compromisso internacional, então esta medida é uma forma ineficaz de contornal tal compromisso, o que é desde logo imoral.<br /><br />b) é imoral que o estado crie leis que condicionam o consumo privado alegando que quer diminuir o endividamento. O endividamento privado deveria ser da responsabilidade de cada agente, a mesmo que exista alguma "falha de mercado a resolver", ou externalidade envolvida.<br /><br />c) por falar em externalidade, faria mais sentido aumentar os imposto sobre o petroleo, que ao menos geraria receita, do que diminuir a valocidade máxima nas auto-estradas<br /><br />d) deveria ser bastante claro para todos que os limites de velocidade têm em vista a segurança reodoviária, e apenas isso em vista. Considerações económicas sobreporem-se a esta questão parece-me imoral<br /><br />e) mais sobre a ineficácia e absurdo desta medida aqui:<br /><br />http://blasfemias.net/2011/03/02/zapaterices/<br /><br />Estou farto de discordar com a autora, mas as críticas que faz são mais que justas.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.com