tag:blogger.com,1999:blog-11334150.post7679997458132489674..comments2023-10-26T15:13:35.238+01:00Comments on Esquerda Republicana: Técnicos do FMI defendem restruturação da dívidaRicardo Alveshttp://www.blogger.com/profile/03801903003049105480noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-33746197502478989272011-04-20T15:54:32.014+01:002011-04-20T15:54:32.014+01:00Rui,
a tua demonstração matemática é interessante...Rui,<br /><br />a tua demonstração matemática é interessante, mas esqueces-te de dois factos fundamentais.<br /><br />1) Se o apoio à UE anda pelos 50% em cada Estado, é porque se está a avançar depressa demais para os cidadãos dessas democracias. E em democracia, que eu saiba, é o governo quem decide, não as elites.<br /><br />2) Na generalidade dos Estados europeus, a construção da nação precedeu a da democracia, e foi geralmente um processo anti-democrático. A maior parte dos franceses por volta de 1800 talvez não quisessem sê-lo. E a maior parte dos espanhóis por volta de 1930 talvez preferissem ser bascos, catalães ou galegos. <br /><br />Quereres forçar uma união política sem haver vontade do demos realmente existente é autoritarismo. Pior ainda: nem sequer há demos europeu. Não há língua comum, narrativa política comum, medias comuns, vontade real de solidariedade (como se está a ver na Finlândia e na Alemanha, aliás). Podes não gostar. Eu também não gosto. Mas forçar o caminho para utopias costuma dar mau resultado...Ricardo Alveshttps://www.blogger.com/profile/03801903003049105480noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-38734107561661718512011-04-19T21:56:42.737+01:002011-04-19T21:56:42.737+01:00"Europa muito mais económica do que política,..."Europa muito mais económica do que política, não democrática no que tinha de político, monetarista no que tinha de económico, desigual nas relações entre Estados."<br /><br />De acordo, mas é a isso que eu chamo "mais europa"<br /><br />Já demonstrei que matematicamente os referendos nacionais de tratados impedem a vitória do Sim, cuja probabilidade de vencer é residual:<br /><br />http://klepsydra.blogspot.com/2008_06_01_archive.html#6540147761586434639<br /><br />Enviei um texto parecido ao gabinete do Barroso e até eles admitiram que este sistema não funciona.<br />Num referendo pan-europeu, em abstracto Sim e Não têm 50% de probabilidade de ganhar. Em 27 referendos é necessário que o Sim tenha 98% de probabilidade de vencer em TODOS os países para obter uma probabilidade final superior a 50%. Isto não é democrático.<br /><br />Concordo sobre o PE.<br />Prefiro representantes europeus eleitos que personagens escolhidas a dedo, escolha sempre sujeita aos atlantistas de serviço (UK, Rep. Checa, Polónia) que vetam todos os candidatos verdadeiramente interessados pelo projecto europeu na linha de Prodi e Delors.Rui Curado Silvahttps://www.blogger.com/profile/06753066181017345712noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-26300250307291028772011-04-19T20:50:56.889+01:002011-04-19T20:50:56.889+01:00Rui,
o teu artigo tem a virtude de ir ao essencial...Rui,<br />o teu artigo tem a virtude de ir ao essencial desta crise: a arquitectura da UE.<br /><br />Ao contrário de ti, não acho que o problema tenha sido «Europa a menos». Foi «má Europa». Europa muito mais económica do que política, não democrática no que tinha de político, monetarista no que tinha de económico, desigual nas relações entre Estados.<br /><br />Não concordo que a solução seja elegermos o Presidente da Comissão ou fazermos referendos pan-europeus. A primeira ideia é presidencialista e pouco prudente. Seria melhor conferir poderes reais (e não meramente consultivos) ao Parlamento Europeu, que pode ser uma câmara dos cidadãos, representando diversas sensibilidades políticas e Estados. E também não concordo que se devessem fazer referendos pan-europeus. A menos, claro, que queiras eliminar desde já os Estados nacionais. E isso é perfeitamente utópico.Ricardo Alveshttps://www.blogger.com/profile/03801903003049105480noreply@blogger.com