tag:blogger.com,1999:blog-11334150.post7521264742066126521..comments2023-10-26T15:13:35.238+01:00Comments on Esquerda Republicana: Rumo ao Estado policial?Ricardo Alveshttp://www.blogger.com/profile/03801903003049105480noreply@blogger.comBlogger8125tag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-9020050891329803402007-12-11T21:44:00.000+00:002007-12-11T21:44:00.000+00:00ricardo s carvalho:Vejamos o que diz o departament...ricardo s carvalho:<BR/><BR/><BR/>Vejamos o que diz o departamento de estado dos EUA: http://www.johnstonsarchive.net/terrorism/intlterror.html<BR/><BR/>Entre 1968 e 2000, os três anos com mais ocorrências de incidentes terroristas foram 1987 (665 ocorrências), 1985 (635) e 1986 (612). A partir de 1986, os números foram decrescendo de forma quase contínua até se atingir o valor mínimo de 296 ocorrências em 1996. A partir daí, verificou-se nova subida gradual e, em 2000, ocorreram 426 incidentes.<BR/><BR/>Depois, foi o 11 de Setembro. <BR/><BR/>Nesse ano só se verificaram 355 incidentes terroristas, 205 ocorrências em 2002 e 208 em 2003.<BR/><BR/>Depois foi a invasão do Iraque. 651 ocorrências nesse ano. O segundo pior ano desde 1968.<BR/><BR/>Em 2005 11111 ocorrências. São 5 1s, mesmo.<BR/><BR/><BR/>O terrorismo é um problema em territórios invadidos ilegitimamente. Aí o máximo que podemos fazer é dar um cartão vermelho a quem quiser participar nestas aventuras.<BR/><BR/><BR/>O terrorismo não tem estado a aumentar no ocidente. Em Portugal, o terrorismo não é um problema sério, e muito menos um que justifique tamanha invasão da privacidade, tamanho abuso de poder. O SIS não pode ter acesso incontrolado às escutas, muito menos so tão risível pretexto.<BR/><BR/>Mesmo sem nenhuma "solução" não tenho dúvidas: prefiro que "gravíssimo" problema no terrorismo em portugal se mantenha, do que dar ao SIS essa possibilidade. Se existirem soluções alternativas, tanto melhor. Mas note-se bem: sou contra mesmo que não existam.<BR/><BR/>"Quem sacrifica a liberdade em prol da segurança, não merece nenhuma e acaba por perder ambas". Soa bem, não soa?João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-78762987039536389872007-12-06T00:53:00.000+00:002007-12-06T00:53:00.000+00:00ricardo, como comecei logo por dizer, eu percebo o...ricardo, como comecei logo por dizer, eu percebo o que queres dizer. o meu ponto não é esse. o que estou a dizer é que há um problema, e que compreendo o ponto de vista ministerial para o tentar resolver, e compreendo a tua oposição a essa solução. mas isso não invalida que o <I>problema se mantenha</I>. e por isso há que discutir as suas possíveis soluções, eventualmente apresentando alternativas (forma de implementação da lei; uso exclusivo de programas de AI; etc). agora dizer que o problema fica sem solução é desculpa de mau pagador.<BR/><BR/>acho importante que esta questão seja discutida de forma aberta, e que sejam apresentadas soluções para os problemas.no namehttps://www.blogger.com/profile/05992390266337522464noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-48458874454234023022007-12-06T00:06:00.000+00:002007-12-06T00:06:00.000+00:00Ricardo,a Judiciária faz escutas no contexto de pr...Ricardo,<BR/>a Judiciária faz escutas no contexto de processos criminais. O que os SIS/SIRP/etc fazem é escutar pessoas que não cometeram crime algum, e que eles escutam porque acham que são terroristas/oposicionistas/más pessoas, etc. <BR/><BR/>O ponto mais importante deste post é a questão de que a Constituição da República é uma barreira contra os abusos do Estado sobre os cidadãos. O Alberto Costa quer derrubar essa barreira. E é ingénuo pensar que os únicos a serem escutados depois de essa barreira cair serão os mauzões da Al-Qaeda. Suprimido o artigo 34, ou desfigurado nas garantias que representa, deixaremos de ter protecção...Ricardo Alveshttps://www.blogger.com/profile/03801903003049105480noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-89675784225160795652007-12-05T11:56:00.000+00:002007-12-05T11:56:00.000+00:00com tantos pontos a analisar, afinal acaba por se ...com tantos pontos a analisar, afinal acaba por se preocupar em dar atenção aos "formalismos" que criticava... os seus problemas políticos pessoais à parte, parece-me óbvio que:<BR/><BR/>o crime, em geral, deve ser combatido, e para o fazer existem duas formas principais: investigação criminal após a ocorrência do mesmo; ou prevenção. se bem que a segunda opção é sempre preferível, nem sempre é possível, a não ser em crimes que necessitem de organização complexa (sendo o terrorismo, nalguns casos, um desses crimes). mais ainda, quanto maior o grau de violência do crime, maior a necessidade de apostar na prevenção. parece que nisto todos concordamos.<BR/><BR/>coloca-se então a questão: como se faz a prevenção? no caso de crimes que envolvem organização complexa, a prevenção faz-se, em parte, ao patrulhar os diversos meios de comunicação (electrónicos, telefónicos, sinais de fumo, o que quiser) --- aliás da mesma forma que o crime económico se pode combater mais fácilmente com um levantamento geral do sigilo bancário, ou o excesso de velocidade nas estradas se pode combater mais fácilmente fazendo uso de radares ocultos. e este "patrulhamento da informação" pode ser feito apenas por via informática, sem necessidade de intervenção humana em grande parte das situações. este ponto também me parece óbvio para todos.<BR/><BR/>posto isto, coloca-se a questão pertinente: qual a relevância do patrulhamento da informação e dos meios de comunicação, nas suas formas diversas, no combate ao terrorismo e ao crime complexo? se a resposta é "muito relevante", então é um problema que tem necessáriamente que se colocar sobre a mesa (sem fazer birras e sem brincar às avestruzes). portanto, aqui chegamos.<BR/><BR/>daqui se pode discutir se esse patrulhamento deve ser feito pela polícia, pelos serviços de segurança, em que moldes, etc. este era o ponto do meu comentário inicial. pode chamar de "formalismo" ou de um "erro", mas parece-me muito maior o seu erro ao não perceber que <I>este</I> é o cerne da questão. ainda para mais quando todas as objecções que levanta são precisamente deste aspecto: como se pode, ou não, implementar este combate necessário. tudo o resto do seu comentário anda à volta de birras e problemas políticos que me parecem irrelevantes para responder às questões colocadas...no namehttps://www.blogger.com/profile/05992390266337522464noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-72765619233001578282007-12-04T22:20:00.000+00:002007-12-04T22:20:00.000+00:00Ricardo s. Carvalho: que as polícias fazem escutas...Ricardo s. Carvalho: <BR/><BR/>que as polícias fazem escutas todos os dias já se sabe.<BR/><BR/>O problema é que não se sabe se a escutas são ajustadas ao problema que se investiga ou se são exageradas em função do problema que se investiga.<BR/><BR/>Tudo aponta para que sejam exageradas em relação ao que se investiga, o que por outro lado leva a que se pense que a Policia não investiga o que devia; antes investiga pelo lado mais fácil que é o de fazer escutas.<BR/><BR/>Queremos policias que façam investigação à sério e séria ou queremos policia que monta aparelhos electrónicos para fazer escutas?<BR/><BR/>É que para montar aparelhos electrónicos para fazer escutas não precisamos de polícia.<BR/><BR/>Basta regulamentar detectives privados e fazer um chorrilho de leis e já está. <BR/>O que leva a outra questão: afinal a polícia serve para quê?<BR/><BR/>Para ser policia ou para ser outra coisa?<BR/><BR/>Quanto à minha questão do formalismo, a realidade dos factos é que essa informação retirada das escutas é incontrolada. <BR/><BR/>Fica guardada ou é posteriormente destruída?<BR/>Quem é que a vê?<BR/>Fica guardada para servir de ameaça passado largo tempo ou não?<BR/>Serve de cadastro ou não?<BR/><BR/><BR/>Quanto ao contra argumento dos terroristas com todo o respeito mas isso é uma treta.<BR/>Isso é a técnica que foi utilizada pelos norte americanos para poupar custos e que após o 11/9 foi; começou a ser alterada; precisamente no sentido de passarem a existir mais agentes no terreno, porque a parte electrónica já não chegava. Como se provou que não chegou.<BR/><BR/><BR/>Quanto à questão de ser contra e achar-se que isso é uma birra,ou ser-se obrigado a apresentar alternativas lamento muito mas isso é um pequeno germe totalitário baseado no facto de supostamente ter que se apresentar sempre alternativas para tudo e nada.<BR/><BR/>A alternativa é não fazer nada, e não fazer nada é, por vezes, uma alternativa. <BR/><BR/>Isto contrariamente ao que parece não é um jogo de soma nula, em que a vitória de um é a derrota de outro.<BR/><BR/>E acreditar que o problema do terrorismo será resolvido com escutas telefónicas é da mais completa ingenuidade.<BR/><BR/>Depois de, por hipótese, as escutas telefónicas ou outras falharem na luta contra o terrorismo, faz-se o quê para retirar o poder que antes se deu a certas pessoas - o poder de fazerem escutas indiscriminadamente?<BR/><BR/>As pessoas que tem esse poder aceitam de livre vontade abdicar dele?<BR/><BR/>Isso é o mesmo que dizer que existem ditadores que saem livremente do poder.<BR/>Algum saiu sem ser deposto até hoje?<BR/><BR/>E quanto a ideia baseada na conspiração desculpa lá, mas em todos, mas absolutamente todos o sítios e artigos que li falam da questão da inteligência económica e da necessidade de proteger a informação sensível de uma empresa das suas concorrentes nacionais ou internacionais.<BR/><BR/>Portanto não são "teorias da conspiração" mas factos.<BR/>Empresas de topo recorrem a especialistas nessa área, e protegem informação e gastam muito dinheiro com isso.<BR/><BR/>Aqui vai ser como?<BR/><BR/>Chavez: foi dado a titulo de exemplo.Nada mais.<BR/><BR/>Do governo actual não gosto.<BR/>Nunca gostei de governos musculados da pseudo esquerda.Da pseudo esquerda ou da direita, note-se.<BR/><BR/>É que eu ainda me lembro muito bem dos Governos Cavaco e não noto nenhuma diferença entre os G. Cavaco e este em termos de intimidação sobre os cidadãos.<BR/><BR/>E se for a comparar, se calhar descubro que este é pior do que foram 10 anos daquela treta.<BR/><BR/>E este só tem 2 anos de duração.<BR/><BR/>Com os péssimos resultados que se vêem.<BR/><BR/>Mais ainda: não perdoo que as pessoas que andam agora a querer fazer leis restritivas de direitos, liberdades e garantias andassem há 15 anos atrás armados em palhaços da "esquerda lantejoula pop star 25 de Abril" a inspirar cortes de estradas na zona de Torres Vedras e outros sítios e a darem entrevistas inflamadas a dizer que o 25 de Abril estava em perigo.<BR/><BR/>Agora que chegaram ao poder já não está em perigo?<BR/>Porquê? <BR/>Porque são estes senhores que lá estão?<BR/><BR/>Lamento, não passo cheques em branco.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-27811789244895211332007-12-04T18:19:00.000+00:002007-12-04T18:19:00.000+00:00dissidente, ler o que foi escrito e ter presente a...dissidente, ler o que foi escrito e ter presente a realidade actual pode ajudar a não dar tantos tiros ao lado...<BR/><BR/>em portugal a polícia judiciária faz escutas todos os dias. assim sendo, não me parece que o que esteja em questão seja o binómio escuta/não escuta, mas antes se estas também podem ser feitas pelo SIS ou não <I>e em que condições</I>. e essa questão remete precisamente para o que se quer implementar ou não! daí que o classifica de "formalismo" ser precisamente o cerne da questão...<BR/><BR/>também, achar que "terroristas à séria" não comunicam é uma parvoíce. naturalmente que essas formas de comunicação serão diversificadas e disfarçadas, mas naturalmente existem e podem ser analisadas (muitas vezes até através de processamento informático, sem qualquer intervenção humana, e com custos de investimento relativamente controlados).<BR/><BR/>quanto a ser-se contra qualquer coisa "só porque sim", eu chamo a isso de clubismo ou de fundamentalismo. noutras palavras, é a total ausência de argumentos. se é contra um procedimento que pode evitar certo tipo de crimes, é bom que o saiba justificar e sugerir alternativas para combater esses problemas. dizer "sou contra porque sim, e não tenho qualquer ideia de como resolver o problema" já nem é uma parvoíce, é uma birra infantil...<BR/><BR/>quanto às suas teorias de conspiração, limito-me a dizer---como já disse em cima---que é precisamente a discussão da <I>implementação</I> que deve ser conhecida e discutida antes de poder formar uma opinião final. são precisamente os "formalismos" que critica que devem ser estudados com rigor por forma a prevenir as suas conspirações posteriores...<BR/><BR/>e quanto aos seus problemas com o chávez ou com o governo actual, não me parecem ir na linha do que se discutia (suspiro).no namehttps://www.blogger.com/profile/05992390266337522464noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-74041740253173963332007-12-04T14:03:00.000+00:002007-12-04T14:03:00.000+00:00Ricardo s. carvalho: todo, mas todo o seu comentár...Ricardo s. carvalho: todo, mas todo o seu comentário é um erro lamentável.<BR/><BR/>Em primeiro lugar "terroristas à sério" não vão fazer conversas telefónicas secretas sabendo de antemão que estão a ser escutados.<BR/><BR/>A não ser que queiram "encharcar" de contra informação um qualquer serviço secreto ou de segurança com informações falsas.<BR/><BR/>Quanto ao resto da conversa acerca de implementações da lei e restante formalismo acrescentado, não passa disso mesmo: formalismo.<BR/><BR/>É de uma ingenuidade atroz.<BR/>A realidade dos factos é que as coisas irão andar em roda livre, já para não falar nos tremendos custos que isto custará, para manter serviços de escutas e pessoas para analisar serviços de escutas.<BR/><BR/>Somos ricos para ter escutas e pobres para termos reduções de investimento público noutras áreas?<BR/><BR/>Além disso o raciocínio é completamente enviesado.<BR/>Portanto te que se ser a favor das escutas, caso não se seja, tem que se oferecer alternativas?<BR/><BR/>Porquê?<BR/><BR/>é proibido ser-se simplesmente contra algo? <BR/><BR/>Além disso a alternativa já existe: a não existência de escutas. <BR/><BR/>Só feitas a quem é efectivamente suspeito de actos de terrorismo ou há razões fortes para isso.<BR/><BR/>Ou 10 milhões de portugueses são todos suspeitos de terrorismo?<BR/><BR/>quer dizer, se colocarmos as questões sobre outro ponto e vista,percebe-se a conversa.<BR/>Quem for contra o governo, não importa se é democrata ou totalitário , monárquico ou republicano pelo simples facto de ser contra as políticas do governo poderá vir a ser classificado de "terrorista".<BR/><BR/>Afinal de contas, está contra a política do governo, logo, do ponto de vista do governo quem está conta ele, só pode ser terrorista e mal intencionado.<BR/><BR/>Num governo que acha que tudo oq ue está afazer é bem feito , a lógica de raciocionio é esta.<BR/><BR/>E quer-se dar poder a um governo que quer fazer escutas a toda a gente?<BR/><BR/>Então, só para dar um exemplo paralelo embora lateral ao assunto, então o Sr Chavez não deve ser criticado de forma alguma.<BR/><BR/>Esse até faz eleições que perde e aceita os resultados.<BR/><BR/>Além disso , na parte económica estrita de empresas como é que é?<BR/><BR/>Exemplo: Escuta-se alguém de uma empresa supostamente por causa de terrorismo, por exemplo, uma empresa que exporta para o Irão. <BR/><BR/>No decorrer das escutas , ouvem-se conversas confidenciais de negócios. Que farão ganhar a essa empresa dinheiro.<BR/><BR/>De repente os pormenores desse negócio são conhecidos e toram-se públicos impedindo a empresa de ganhar dinheiro ou afectando a sua competitividade?<BR/><BR/>Nessa altura como é que é?<BR/><BR/>Alguém é responsável por escutas que chegam a público e que, de origem nem sequer teriam justificação para terem sido feitas?<BR/><BR/>Mas a que propósito é que se vai conceder a um regime e a um governo especialmente ESTE GOVERNO tal poder ?Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-41564187365415426252007-12-04T11:45:00.000+00:002007-12-04T11:45:00.000+00:00como já te disse anteriormente, concordo co...como já te disse anteriormente, concordo com o que dizes, mas também não posso deixar de dar razão ao ministro em causa e à maria josé morgado, quando dizem que é necessário prevenir o terrorismo e outras formas de crime cujo principal meio de investigação e combate passa pelas escutas. assim, volto a dizer que tão importante como as críticas que apontas é perceber o que está em jogo do ponto de vista de risco para a segurança e de combate ao crime.<BR/><BR/>ou seja, se de facto apenas consegues combater de forma eficaz (e isto decerto está estudado) o terrorismo e certas formas de crime com recurso às escutas, e se no combate ao terrorismo essas escutas só funcionam de forma eficaz quando coordenadas pelos serviços de segurança, então não podemos fazer como a avestruz e ignorar o problema --- neste caso devemos pensar de que forma se deve implementar a lei (por forma a ser adequadamente fiscalizada e serem impedidos todos e quaisquer abusos --- algo em voga no ano que passou, graças ao filme "a vida dos outros"), em vez de nem sequer querer falar no assunto.<BR/><BR/>por outro lado, se existem alternativas no combate ao terrorismo que não passam pelas escutas via serviços de segurança, e que são pelo menos igualmente eficazes, então parece-me também muito importante avançar com propostas relativas a essas alternativas, em adenda às críticas que fazes...no namehttps://www.blogger.com/profile/05992390266337522464noreply@blogger.com