tag:blogger.com,1999:blog-11334150.post4963431825059213209..comments2023-10-26T15:13:35.238+01:00Comments on Esquerda Republicana: A cura pelo curaRicardo Alveshttp://www.blogger.com/profile/03801903003049105480noreply@blogger.comBlogger15125tag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-8664938973072089852008-12-14T12:23:00.000+00:002008-12-14T12:23:00.000+00:00Ricardo:Relativamente aos familiares, não concordo...Ricardo:<BR/><BR/>Relativamente aos familiares, não concordo - a familia tem obrigações.<BR/><BR/>No que respeita ao computador, não é novidade. Muitos hospitais, sobre tudo na pediatria, t~em computadores. <BR/>O computador é algo de pessoal. é um bem e não deve ser fornecido pelo Hospital (tal como o telemóvel, por exemplo). Mas, relativamente aos serviços, a Internet deveria ser fornecida gratuitamente em todos os Hospitais.<BR/><BR/>E, se não é, não e por falta de orçamento!...Zeca Portugahttps://www.blogger.com/profile/03866670400149262170noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-57353475101138617102008-12-12T11:27:00.000+00:002008-12-12T11:27:00.000+00:00«Zeca Portuga»,se ao Estado compete fornecer tudo ...«Zeca Portuga»,<BR/>se ao Estado compete fornecer tudo aquilo de que o doente necessita, então ele que pague a deslocação dos meus familiares e amigos ao hospital, um computador portátil para usar enquanto estiver no hospital, etc, etc, etc.<BR/><BR/>Não há orçamento, «Zeca Portuga». Não há.Ricardo Alveshttps://www.blogger.com/profile/03801903003049105480noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-18751864837625556572008-12-12T11:16:00.000+00:002008-12-12T11:16:00.000+00:00Ricardo:Não posso concordar consigo. Ao estado com...Ricardo:<BR/><BR/>Não posso concordar consigo. Ao estado compete "fornecer" ao doente tudo aquilo de que ele precisa - também lhe "fornece" um psicologo, s ele necessitar. E, se quer a minha opinião, nestas questões, a diferença entre um psicologo um padre é quase irrelevante, com a diferença da maior confiança e aceitação do padre.Zeca Portugahttps://www.blogger.com/profile/03866670400149262170noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-25362018874610292462008-12-12T10:35:00.000+00:002008-12-12T10:35:00.000+00:00João Vasco,de acordo com a lei de assistência reli...João Vasco,<BR/>de acordo com a lei de assistência religiosa em vigor, um padre (católico) pode aproximar-se de um doente, independentemente de este ter requerido a sua presença ou não. E é pago pelo Estado para isso.<BR/><BR/>Os projectos em discussão parecem fazer depender a presença do sacerdote do pedido do doente, o que é um passo no sentido certo.<BR/><BR/>«Zeca Portuga»,<BR/>se a presença de um sacerdote é assim tão indispensável para alguns doentes, podem pagar-lhe directamente. Ou organizarem-se para a comunidade religiosa a que pertencem pagar a sacerdotes que vão de hospital em hospital prestando esse serviço. Meter o Estado ao barulho é perverter a religião...Ricardo Alveshttps://www.blogger.com/profile/03801903003049105480noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-18015995713098708782008-12-11T20:20:00.000+00:002008-12-11T20:20:00.000+00:00Vasco:Das suas palavras, deduzo que voc~e não tenh...Vasco:<BR/>Das suas palavras, deduzo que voc~e não tenha a minima noção do efeito do conforto espiritual, para um crente de uma qualquer religião.<BR/><BR/>Muitas pessoas tem mais vontade de falar com o padre do que todos os médicos ou familiares. Há pessoas cuja ansiedade e o sentimento de privação podem levar a extremos... o efeito da presença do conforto espiritual supera todas as capacidades dos psicologos.<BR/><BR/>Há coisas que voc~e não imagina. Por exemplo: tenho um amigo jornalista que foi autorizado a fazer um trabalho de reportagem dentro de um hospital e a queixa que mais ouviu foi contra a televisão: "porque razão não transmitem a missa numa hora melhor?" <BR/><BR/>Se voc~e imagina que um padre necessita do dinheiro do estado para alguma coisa, está redondamente engando.<BR/><BR/>Porém, trata-se de um serviço á comunidade de que todos podem usufruir, se quiserem. Como tal deve ser pago. <BR/><BR/>Estes dias assistia a um documentário na RTL, e notei, com certo agrado que o hospital pediátrico em causa tinha crucifixos na parede... porque será?Zeca Portugahttps://www.blogger.com/profile/03866670400149262170noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-53471555753987993662008-12-11T18:18:00.000+00:002008-12-11T18:18:00.000+00:00Zeca:Mas, tal como foi escrito no texto e no meu c...Zeca:<BR/><BR/>Mas, tal como foi escrito no texto e no meu comentário anterior, isso não está em discussão. Que um doente não deve ver um sacerdote contra a sua vontade é bastante óbvio, pois não deve ser obrigado a ver ninguém contra a sua vontade.<BR/><BR/>Aquilo que está em jogo é diferente. Tal como o estado não paga aos meus amigos para me irem visitar, se estiver doente, por muito que isso possa ajudar na recuperação - que creio não ser um facto comprovado, mesmo que acredite que aconteça nalguns casos - então também não deve pagar aos seus amigos, mesmo que os "amigos" sejam os sacerdotes da sua religião. E porque é que não deve pagar aos amigos de ninguém? Porque o dinheiro é melhor usado a colmatar a escassez de pessoal, meios e equipamento.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-27043363515505001172008-12-11T17:42:00.000+00:002008-12-11T17:42:00.000+00:00Eu seria completamente contra, se não ficasse salv...Eu seria completamente contra, se não ficasse salvaguardada essa situação: quem não quer, não é obrigado.<BR/> <BR/>Por mero acaso, conheço muitos casos de pessoas que mudaram de opinião, precisamente no hospital. Mas que seja sempre salvaguardada a vontade do doente.<BR/><BR/>Aliás, na situação actual, entendo o seguinte:<BR/><BR/>1 - qualquer padre ou leigo que se dirija (na qualidade de ministro religioso) a um ateu, contra sua vontade, deve ser repreendido e se for maltratado, está tudo desulpado;<BR/><BR/>2 - Em termos religiosos, é condenável que um "ministro de Cristo", nessa qualidade, dirija a palavra a um anti-cristão.Zeca Portugahttps://www.blogger.com/profile/03866670400149262170noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-28843801874734346302008-12-11T14:31:00.000+00:002008-12-11T14:31:00.000+00:00Ricardo,Mas pelo que percebi só têm autorização pa...Ricardo,<BR/><BR/>Mas pelo que percebi só têm autorização para se aproximar se previamente tiveres declarado que era essa a tua vontade. Acho que isso é uma alteração que faz muito sentido, se não percebi mal.<BR/><BR/>Sei que antes não era assim, e o erro em que assim não fosse é tão óbvio que não creio estar em discussão.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-74545190658431195132008-12-11T14:11:00.000+00:002008-12-11T14:11:00.000+00:00«Zeca Portuga»,honestamente, incomoda-me que um pa...«Zeca Portuga»,<BR/>honestamente, incomoda-me que um padre se possa aproximar da minha cama de hospital quando eu estiver enfraquecido pela doença ou pelos tratamentos. É que posso não estar em condições para dar a resposta adequada.<BR/><BR/>E sim, também me incomoda o financiamento da assistência religiosa.Ricardo Alveshttps://www.blogger.com/profile/03801903003049105480noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-54014557628674242582008-12-11T12:46:00.000+00:002008-12-11T12:46:00.000+00:00JDC:«E no caso de morte iminente?»Essa é uma pergu...JDC:<BR/><BR/>«E no caso de morte iminente?»<BR/><BR/>Essa é uma pergunta muito interessante, que aponta para um problema mais geral. <BR/>Será que não deveriam ser permitidas visitas em certos casos de morte iminente (quando não pudesse prejudicar de alguma forma o trabalho dos médicos)?<BR/><BR/><BR/>«Mas e se a pessoa for um crente devoto, que vai todas as semanas à missa, participa nas actividades paroquiais, dá catequese, etc? Aí também não tem qualquer valor terapêutico?»<BR/><BR/>Esta é uma pergunta interessante à qual irei responder sem referência a nenhum estudo científico e apenas pela minha perspectiva da realidade, baseada na minha limitada experiência de vida. É uma sugestão que lanço para o ar.<BR/><BR/>Eu não sei até que ponto pode ter valor terapeutico o facto de alguém se sentir acompanhado pelos membros da sua comunidade - amigos, familiares, etc...<BR/>Acredito que há casos em que isso é irrelevante, praticamente não existem casos em que isso seja prejudicial, e podem existir casos em que isso pode ajudar.<BR/><BR/>Nesse sentido, caso o doente visse o sacerdote como membro da sua comunidade próxima, sentir o seu acompanhamento seria semelhante ao de sentir o acompanhamento de um amigo. <BR/><BR/>Mas está fora de questão que o estado vá pagar aos amigos de alguém para visitarem uma determinada pessoa. O dinheiro é melhor gasto em médicos, enfermeiros, medicamentos e equipamento, que ainda há escassez.<BR/><BR/>Portanto, seria pior pagar a alguém que eventualmente poderia ser visto como um amigo, mas poderia até ser visto de forma oposta, ainda para mais beneficiando uns face a outros.<BR/><BR/><BR/>Mas notemos que isto não passa de especulação minha. Pode ser que ao contrário daquilo que afirmo, não existisse em nenhum caso qualquer efeito positivo para a saúde. <BR/>Mas repito a conclusão, mesmo que exista um efeito ligeiro, subornar "amigos" para visitarem o paciente parace ser menos eficiente que investir o dinheiro directamente na cura (mais enfermeiros, melhor equipamento, mais exames, evitar falta de remédios, etc...).João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-76003852705891692472008-12-11T12:34:00.000+00:002008-12-11T12:34:00.000+00:00Zeca Portuga:1- Mas aquilo que acredita que nos in...Zeca Portuga:<BR/><BR/>1- Mas aquilo que acredita que nos incomoda é irrelevante. Se me incomodasse o cheiro dos padres eu tinha mais é que aguentar.<BR/><BR/>Aquilo que está em discussão é a questão do financiamento. E tal como diz, apenas queremos que a sua utilização seja decente e honesta, e que portanto não se ande a subsidiar a religião de uns, sob pena de desrespeitar a fronteira entre estado e Igreja.<BR/><BR/>Quanto a acreditar que a república não deve gastar o seu dinheiro mal gasto, estamos todos de acordo. Se X é mal gasto, e o Zeca mostrar que é pior gasto que as alternativas, concordaremos consigo em X.<BR/><BR/>Aquilo que mostramos é que isto é um exemplo de dinheiro mal gasto. Se o Zeca defende que há outros, tudo bem. Concordo a 100% naquilo que referiu em relação aos clubes, só para dar um exemplo.<BR/><BR/><BR/>2- Ah. O Zeca quer contrapor a estudos estatísticos que avaliam centenas de casos nas mesma condições, casos individuais e estudos de caso. <BR/>Assim se percebe que a discussão está enviesada à partida...<BR/><BR/><BR/>Depois, essa forma de demonstrar a invalidade da estatística é curiosa.<BR/>Se eu for para a porta da sede do PSD e fizer uma sondagem, e os resultados saírem disparatados, poderei "demonstrar" que as sondagens não funcionam, ou que palpites sem fundamentação e casos escolhidos sobre amigos meus valem mais que as sondagens publicadas...<BR/><BR/>Ou então demonstro que tenho um cepticismo injustificado nas sondagens, apenas porque não gosto dos seus resultados...João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-83333538079401025812008-12-11T10:54:00.000+00:002008-12-11T10:54:00.000+00:00Vale a pena ser sério e dizer a verdade:1 – O que ...Vale a pena ser sério e dizer a verdade:<BR/><BR/>1 – O que os incomoda é a presença do padre no Hospital e não a questão do financiamento.<BR/>De resto, também esses doentes são cidadãos contribuintes e têm o direito de ser favoráveis à sua utilização de forma decente e honesta, como neste caso. Se a questão for a do financiamento, também eu, monárquico de convicção, tenho o direito de exigir que a república não gaste o meu dinheiro mal gasto: que os partidos vivam à sua custa e nunca com o financiamento dos meus impostos, que o deputados que faltam não recebam o seu ordenado, ou que os clubes de futebol não tenham benefícios que advêm dos meus impostos (ou em seu prejuízo) … etc.<BR/>Aliás, grande parte do acompanhamento a doentes é feita por leigos voluntários.<BR/><BR/>2 – “A afirmação «"a religião não é uma componente necessária da terapia"» não só não é falsa como está comprovada”.<BR/>Não é rigorosamente verdade.<BR/>Não existe nenhum estudo sério sobre o assunto. Vejo muitas vezes, mas falsamente, citado um hipotético estudo sobre o assunto. <BR/>A esse posso contrapor centenas de casos (e estudos de caso) que indicam exactamente o contrário.<BR/><BR/> Recordo-me de um estudo que fiz há uns anos, para demonstrar a invalidade da estatística, quando eivada de erros de método.<BR/><BR/>O estudo consistia em demonstrar duas coisas:<BR/>1 – Os alunos que frequentam educação pré-primária têm piores resultados escolares;<BR/>2 – Os resultados dos alunos do ensino secundário (7º a 9º ano), do Alentejo tinham melhores resultados que os de Lisboa. <BR/><BR/>Ilustrei isso largamente com muitos dados estatísticos reais… Mas, nem eu acreditava nisso.<BR/><BR/>Eis a questão de fundo: invocar medições estatísticas como estudos sérios… é uma ignóbil falsidade.Zeca Portugahttps://www.blogger.com/profile/03866670400149262170noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-56344480803079487502008-12-11T09:23:00.000+00:002008-12-11T09:23:00.000+00:00Caro João Vasco:E no caso de morte iminente? O doe...Caro João Vasco:<BR/><BR/>E no caso de morte iminente? O doente também tem que esperar pela hora da visita, se quiser receber apoio espiritual?<BR/><BR/>Quanto à comprovação de que a religião não tem qualquer valor terapêutico, está correcto se estivermos a falar de um ateu. Mas e se a pessoa for um crente devoto, que vai todas as semanas à missa, participa nas actividades paroquiais, dá catequese, etc? Aí também não tem qualquer valor terapêutico?JDChttps://www.blogger.com/profile/00229323175665232824noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-54371795531227599692008-12-11T01:57:00.000+00:002008-12-11T01:57:00.000+00:00Zeca:«"Artigo 18.º [...]»Creio que não leu o texto...Zeca:<BR/><BR/>«"Artigo 18.º [...]»<BR/><BR/>Creio que não leu o texto com muita atenção. Aquilo que está escrito é:<BR/><BR/>«Quanto ao direito de acompanhamento religioso este acordo tenta resolver um problema inexistente. O direito de receber apoio espiritual já está garantido nas visitas hospitalares, nas quais o doente pode receber familiares, amigos ou sacerdotes da sua religião sempre que tais visitas não comprometam a sua recuperação. Por isso o que parece estar em causa neste acordo não é o direito à assistência religiosa mas sim quem financiará este encargo, se a Igreja Católica ou se o contribuinte.»<BR/><BR/><BR/>A afirmação «"a religião não é uma componente necessária da terapia"» não só não é falsa como está comprovada.<BR/>Aquilo que é gratuita é a tentativa frustrada de desmentir e ridicularizar essa afirmação sem apresentar qualquer tipo de fundamentação. <BR/>Tenta-se compensar a falta de argumentos com o tom menos próprio, mas os insultos - por gratuitos, nem que mais não seja - não colhem.João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-90346923331424367632008-12-10T23:58:00.000+00:002008-12-10T23:58:00.000+00:00Hoje não posso demorar-me em comentários. Mas, por...Hoje não posso demorar-me em comentários. Mas, porque hoje se comemora o dia dos Direitos Humanos, vale a pena lembrar o seguinte:<BR/><BR/>Dec. Univ. dos Direitos do Homem<BR/><BR/>"Artigo 18.º<BR/>Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos."<BR/><BR/>Não se consta que os doentes não possam.<BR/><BR/>De resto, a afirmação, gratuitamente falsa de que "a religião não é uma componente necessária da terapia", toma um sentido de absurda e até de alarve!<BR/><BR/>Mas hoje, honestamente, não posso descutir.Zeca Portugahttps://www.blogger.com/profile/03866670400149262170noreply@blogger.com