tag:blogger.com,1999:blog-11334150.post2831988900448716087..comments2023-10-26T15:13:35.238+01:00Comments on Esquerda Republicana: Quanto mais poupas mais te endividas, ou Como a austeridade falhou redondamenteRicardo Alveshttp://www.blogger.com/profile/03801903003049105480noreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-44566748878904436632013-08-14T13:42:47.948+01:002013-08-14T13:42:47.948+01:00Desculpa, mas as contas não estão feitas.
Tens o ...Desculpa, mas as contas não estão feitas.<br /><br />Tens o cenário a) do tal corte, em que a dívida aumenta devido à diminuição do Pib e à diminuição da receita, o que resulta num aumento da dívida pública medida em proporção do pib - mas falta o cenário b) em que o tal corte não existe, e a dívida aumenta pelo simples acumular de um défice superior. <br />Não estão feitas as contas que mostrem que o aumento em a) (7%) é superior ao aumento em b). <br />E nota que isso refere-se a um corte adicional, e não aos cortes que foram feitos no passado.<br /><br />É estranho eu estar a ter esta discussão contigo, visto que concordo completamente no essencial do que dizes: os dados mostram que quem alegava que a austeridade praticada era excessiva tinham razão - os multiplicadores durante uma crise eram muito mais altos do que aqueles que foram usados para justificar esta política.<br />O que significa que o impacto desta austeridade no pib foi muito maior do que se pensava, e mais ainda no desemprego (já sem mencionar questões estruturantes, como a educação) e por arrasto, a pior opção para o país no longo prazo. <br />Ou seja: um aumento da dívida (mesmo medida em proporção do pib) no curto prazo neste contexto seria um preço pequeno a pagar por um país mais rico (e com maiores possibilidades de a pagar mais tarde) e desenvolvido no longo prazo.<br /><br />Não só concordo que nesse sentido a austeridade foi má, como creio que isso deve ser dito e demonstrado com contas muitas vezes. É pena que estas conclusões estejam tão divorciadas da percepção pública desta questão.<br /><br />Mas considerar que nem sequer existiria tal preço a pagar, que a austeridade leva a mais dívida (medida em proporção do pib) de curto prazo não exige os multiplicadores de 2 de que referência que aqui apresentaste refere (tinha lido 1.8), mas sim multiplicadores de quase 4 (3.6 se a memória não me falha). <br /><br />João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-85557485231149662802013-08-13T13:43:17.789+01:002013-08-13T13:43:17.789+01:00Eu não me dei ao trabalho de fazer as contas, mas ...Eu não me dei ao trabalho de fazer as contas, mas há que o tenha feito:<br /><br />http://theportugueseeconomy.blogspot.pt/2013/07/the-biggest-challenge.html<br /><br />um aumento da poupança no consumo público, leva neste momento a um aumento do endividamento (em termos de % do PIB)Miguel Carvalhohttps://www.blogger.com/profile/10258543636382787768noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-330458800962556102013-08-09T14:14:08.356+01:002013-08-09T14:14:08.356+01:00E quem te disse que o défice, pelo aumento das rec...E quem te disse que o défice, pelo aumento das receitas fiscais decorrentes da falta de austeridade (incluindo coisas como menos subsídios de desemprego, mais consumo privado logo mais IVA para o Estado) näo diminuiria? <br />A economia näo é ciência exacta (e se calhar, nem ciência), e há muita coisa contra-intuitiva. <br />http://www.inacreditavel.pt/?p=20069<br /><br />Uma coisa é certa: quem näo implementou a austeridade tem conseguido manter défices baixos, por via de näo desperdiçar dinheiro. Com efeito, olha para os nórdicos, para quem o normal é ter... superavites orçamentais. E quem näo implementou a austeridade selvagem tem-se mantido à tona, bem melhor que os "famosos 5".<br /><br />Já entendeste em que o objectivo da austeridade näo é balancear as contas públicas. O descalabro orçamental (que afinal é bem maior pós-austeridade) foi a desculpa encontrada para implementar a austeridade cujo objectivo é, como dizes, a destruição dos serviços públicos e entrega de toda a economia aos baröes privados.Maquiavelhttps://www.blogger.com/profile/06712530100953173657noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-42526624051299909232013-08-02T13:16:35.574+01:002013-08-02T13:16:35.574+01:00Não acho uma coincidência que os 5 estejam no topo...Não acho uma coincidência que os 5 estejam no topo. Mas se a solução seria défices ainda maiores, para que o PIB não diminuísse, isso iria aumentar tanto o numerador como o denominador. Mas para aumentar de tal forma que nos primeiros 2 anos o quociente fosse menor que o actual, isso implicaria um PIB mesmo muito sensível ao gasto público (de forma a aumentar o suficiente para contrabalançar o aumento do défice), e isso exigiria um multiplicador um bocado fora daquilo que é o debate sobre a sua dimensão (se a memória não me falha, à volta de 4.5 ou assim).<br /><br />Nota que nada disso obsta ao segundo parágrafo. As novas estimativas do multiplicador dão completa razão a quem defende que a austeridade foi uma má estratégia. Mas não má a ESSE ponto (da dívida ser ainda maior do que seria, logo nos 2 primeiros anos).<br />João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-25884925409773153132013-08-02T10:48:41.154+01:002013-08-02T10:48:41.154+01:00Certamente, bem visto. A frase não é minha.Certamente, bem visto. A frase não é minha.Miguel Carvalhohttps://www.blogger.com/profile/10258543636382787768noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-48529335729285959502013-08-02T10:48:19.053+01:002013-08-02T10:48:19.053+01:00O contrafactual é de facto difícil de encontrar - ...O contrafactual é de facto difícil de encontrar - e não basta o multiplicador "certo" para o PIB. Não te esqueças que também temos visto o défice, ou seja o aumento de dívida de um ano para o outro, a aumentar com mais austeridade (se bem que isto é difícil de medir). Menos austeridade tem um efeito positivo directo no denominador, e um positivo indirecto no numerador.<br />Achas então que é uma coincidência aparecerem estes 5 no topo? Miguel Carvalhohttps://www.blogger.com/profile/10258543636382787768noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-88162843645499622532013-08-02T10:45:02.753+01:002013-08-02T10:45:02.753+01:00«mas verifico que a irracionalidade pode atacar on...«mas verifico que a irracionalidade pode atacar onde menos se espera.»<br /><br />Esse não é um comentário muito construtivo.<br /><br />Mais bizarro ainda se torna quando nem sequer apresentei uma posição muito original: uma parte muito significativa dos economistas (a maior parte?) tem precisamente a perspectiva que apresentei, e o desenrolar da crise foi dando sucessivamente razão às previsões de quem assim pensava, enquanto foi desmentindo as previsões dos outros (subjacentes às previsões de Gaspar, por exemplo).João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-37306434375877289552013-08-02T09:19:04.035+01:002013-08-02T09:19:04.035+01:00João Vasco, Quanto ao primeiro parágrafo estou 100...João Vasco, Quanto ao primeiro parágrafo estou 100% de acordo contigo, quanto ao segundo, nem vou comentar, mas verifico que a irracionalidade pode atacar onde menos se espera.Anonymoushttps://www.blogger.com/profile/17249434854722734576noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-49762273783081796292013-08-01T15:24:15.794+01:002013-08-01T15:24:15.794+01:00Um aumento de GDP/debt seria optimo, mas duvido qu...Um aumento de GDP/debt seria optimo, mas duvido que tenha acontecido com ou sem austeridade, será que queria dizer debt/GDP ratio?JGShttps://www.blogger.com/profile/09046076975695733324noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-85030003046854123362013-08-01T13:13:12.005+01:002013-08-01T13:13:12.005+01:00Diga-se que sem políticas de austeridade, provavel...Diga-se que sem políticas de austeridade, provavelmente a dívida teria aumentado mais ainda (mesmo medida em percentagem do PIB, não apenas em valor absoluto). Os multiplicadores são altos, mas não ao ponto de menos austeridade ser menos endividamento. <br /><br />Simplesmente, ter-se-ia saído da crise com muito menos desemprego, com um PIB muito superior, com muito menos falências e menos destruição da capacidade produtiva, menos suicídios, menos destruição dos serviços públicos (e esta é a verdadeira razão pela qual esta gente prefere esta via...).João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.com