tag:blogger.com,1999:blog-11334150.post1810820221234987109..comments2023-10-26T15:13:35.238+01:00Comments on Esquerda Republicana: A deriva de direita na política monetáriaRicardo Alveshttp://www.blogger.com/profile/03801903003049105480noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-40640586429760314412021-07-04T00:01:50.306+01:002021-07-04T00:01:50.306+01:00Em primeiro lugar, o facto de alguns líderes de es...Em primeiro lugar, o facto de alguns líderes de esquerda terem uma determinada política de direita ou alguns líderes de direita terem uma determinada política de esquerda não significa que essas soluções não sejam de esquerda ou de direita.<br /><br />Pode-se discordar da ordenação que fiz das diferentes políticas monetárias no espectro direita-esquerda por alguma razão concreta; mas se o argumento for que em abstracto não se poderia fazer tal disposição, não poderia discordar mais.<br /><br />Em segundo lugar, o tema do post era a política monetária, não era a política fiscal. <br /><br />Em terceiro lugar, discordo que uma política de irresponsabilidade fiscal deva ser considerada à esquerda de uma política de responsabilidade fiscal. Isso é uma coisa muito portuguesa, porque, por alguma razão bizarra, todos os partidos de esquerda se apresentam como fiscalmente irresponsáveis. Mas agora com o aparecimento da IL, com propostas ainda mais fiscalmente irresponsáveis, pode ser que as pessoas deixem de associar isso à esquerda. <br />Quando saímos do panorama nacional, vemos que a associação entre esquerda e irresponsabilidade fiscal não faz sentido. Os estados sociais mais robustos do mundo estão associados a países com um historial de responsabilidade fiscal e nos EUA o Bush não foi nenhuma excepção: o padrão lá é que o partido mais à direita é o mais fiscalmente irresponsável, já é assim pelo menos desde o tempo do Reagan. <br /><br />E isto nem tem nada a ver com as questões do crescimento ou decrescimento, a não ser na medida em que em ambos os casos está em causa uma questão de "sustentabilidade", num caso das finanças públicas, noutro caso do ambiente. Em ambos os casos está em causa a miopia de quem não vê os impactos futuros das decisões presentes. João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-62036757587722292552021-06-24T20:36:09.079+01:002021-06-24T20:36:09.079+01:00Dizer que certas soluções económicas se situam à E...Dizer que certas soluções económicas se situam à Esquerda ou à Direita pode não ser inteiramente correto. Hitler recorreu a políticas keynesianas e isso não faz de Keynes um fascista (era um Par Liberal, que provavelmente teria torcido o nariz à expansão do Estado que ocorreu no pós-guerra, mas não viveu para ver isso). <br /><br />George W. Bush também recorreu a soluções expansionistas (descida dos impostos e aumento do défice). <br /><br />Melhor seria perguntar o que se quer promover com tais soluções. Normalmente, o conservadorismo fiscal é tido como uma posição mais à Direita porque implica cortes nas políticas sociais, mas o que dizer de um conservadorismo fiscal que reduza o défice pelo lado da receita, com o aumento de certos impostos (um pouco a solução utilizada por Mário Centeno)?<br /><br />E será que uma espécie de 'keynesianismo militar' como defende Mariana Mortágua é apropriado para o nosso tempo? Em primeiro lugar, ele assume que um défice permanente é compensado por um crescimento económico robusto e igualmente permanente (uma espécie de Rainha Vermelha, que corre muito para ficar no mesmo lugar, o termo é dela, mas usado noutro contexto). <br /><br />Ora, bem sabemos, de cada vez que há uma crise com quebra do PIB isso imediatamente expõe o País a um aumento de juros (sobretudo se não estiver escudado por uma moeda forte como o Euro). Em segundo lugar, um crescimento económico permanente choca com a protecção do meio ambiente (a Ecologia é uma doutrina conservadora, na verdade a única coerente, o conservadorismo tradicional procura apenas conservar e alargar os privilégios de uma classe)... <br /><br />A crença no Progresso Material, comum à Direita Liberal e às Esquerda Social-Democrata e Marxista, pode revelar-se uma doutrina bem reaccionária na era da crise climática... Jaime Santoshttps://www.blogger.com/profile/18024888447604466826noreply@blogger.com