tag:blogger.com,1999:blog-11334150.post1208425155917985947..comments2023-10-26T15:13:35.238+01:00Comments on Esquerda Republicana: Agora é a vez dos "cidadãos"Ricardo Alveshttp://www.blogger.com/profile/03801903003049105480noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-85136045950172787952014-12-09T10:47:27.980+00:002014-12-09T10:47:27.980+00:00«A escolha da palavra "cidadão" é que ac...«A escolha da palavra "cidadão" é que acho muito má por estar implícito a ideia dos "outros" não serem "cidadãos".»<br />Isso seria como dizer que o nome "Bloco de Esquerda" tem implícito que todos os outros partidos (incluindo o PCP) são de direita. <br />O que o "Partido Republicano" dos EUA tem implícito que o outro é monarca e o "Partido Democrata" tem implícito que o outro é anti-Democrata. E por aí fora...<br />É mais a afirmação de um valor que uma acusação implícita. E neste caso nem sequer é uma afirmação de valor vazia, é um valor que é materializado numa forma particularmente aberta de funcionar. <br /><br />De resto, concordo com o que dizes sobre os dois níveis de militância, mas sou suspeito ;)João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-16325374375369050022014-12-05T11:53:14.082+00:002014-12-05T11:53:14.082+00:00Eu gosto dessa abertura Livre/Tempo de Avançar, co...Eu gosto dessa abertura Livre/Tempo de Avançar, como sabes. A escolha da palavra "cidadão" é que acho muito má por estar implícito a ideia dos "outros" não serem "cidadãos". Acho que facilmente se arranja um termo que expresse melhor esses ideais a que te referes.<br /><br />Por outro lado, sinto algum desconforto com a abertura de um partido* a não-militantes** no processo de decisão interna, porque pode esvaziar o papel do militante. Se no fim ele acaba por ter tanto peso como alguém de fora, porquê empenhar-se? Talvez a solução do Livre de ter dois níveis de militância seja uma boa solução.<br />Acho que foi o Ricardo A. que notava há uns tempos que os ministros franceses foram quase todos eleitos deputados antes de ir para o governo, enquanto cá grande parte dos ministros chegam com o rótulo prestigioso de "independente". Não tenho grande respeito pelo funcionamento interno de vários partidos em Portugal, mas esta abordagem só desprestigia ainda mais a participação política sem resolver o problema.<br /><br /><br />* ou "movimento"<br />** ou "membros"/"apoiantes" nessa novilíngua da visão feudalista da democracia representativa ;PMiguel Carvalhohttps://www.blogger.com/profile/10258543636382787768noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-11334150.post-24702796084740910862014-12-03T16:34:15.407+00:002014-12-03T16:34:15.407+00:00Miguel,
Creio que uma coisa é concordar que "...Miguel,<br /><br />Creio que uma coisa é concordar que "em tese" qualquer cidadão tem iguais oportunidades de influenciar uma estrutura partidária - e isso é muito importante face às circunstâncias onde nem sequer essa garantia formal existe - outra coisa é reconhecer que na prática existem estruturas onde pode existir uma maior ou menor abertura para a participação dos cidadãos.<br /><br />Por exemplo, ao permitir que todos os membros e apoiantes tenham igual voto nos congressos onde se determina o programa do partido, e que todos podem propôr alterações a este programa, o LIVRE torna muito mais acessível "na prática" a possibilidade de um cidadão que dedique um tempo limitado à política determinar o rumo do partido a que pertence.<br />(Já sem falar na questão das primárias, directas, a transparência do facto das reuniões serem todas públicas e acessíveis via internet, etc..)<br /><br />A plataforma que quer criar (que pode não ter "cidadã" no nome, muitos por razões semelhantes às tuas não querem, mas que eu votarei para que tenha) vai um passo mais longe nessa acessibilidade: não exige a pertença a uma estrutura com uma continuidade no tempo, mas apenas a um projecto de mudança pontual. Como o compromisso sentido é menor, é muito mais fácil para muitas pessoas que queiram participar neste projecto serem parte dele, diminuindo assim a distância entre a estrutura e potenciais cidadãos interessados.<br /><br />Este esforço em aproximar os cidadãos da concretização deste projecto político (e não apenas do seu apoio na altura de votar) é em si um mérito distintivo desta proposta, e é isso que o termo "cidadão" pretende evocar, a meu ver. <br /><br />João Vascohttps://www.blogger.com/profile/14810948198773329192noreply@blogger.com