domingo, 31 de julho de 2016

Ronald Reagan, o pior Presidente dos EUA

Este texto está escrito num tom leve, mas toca em questões fundamentais, e explica de forma simples porque é que Ronald Reagan foi tão pernicioso para os EUA e para o mundo.

Eis a lista de 6 razões apresentadas:


Agora que a possibilidade de ser ultrapassado por um potencial Presidente Trump não é de todo implausível, é boa altura para dar uma vista de olhos neste balanço.


Post também publicado no Ágora - Convergência à esquerda

terça-feira, 26 de julho de 2016

Porque é que os ricos são menos filantropos

Um excerto deste texto denominado «Why the Rich Don't Give to Charity»:

«One of the most surprising, and perhaps confounding, facts of charity in America is that the people who can least afford to give are the ones who donate the greatest percentage of their income. In 2011, the wealthiest Americans—those with earnings in the top 20 percent—contributed on average 1.3 percent of their income to charity. By comparison, Americans at the base of the income pyramid—those in the bottom 20 percent—donated 3.2 percent of their income. The relative generosity of lower-income Americans is accentuated by the fact that, unlike middle-class and wealthy donors, most of them cannot take advantage of the charitable tax deduction, because they do not itemize deductions on their income-tax returns.

But why? Lower-income Americans are presumably no more intrinsically generous (or “prosocial,” as the sociologists say) than anyone else. However, some experts have speculated that the wealthy may be less generous—that the personal drive to accumulate wealth may be inconsistent with the idea of communal support. Last year, Paul Piff, a psychologist at UC Berkeley, published research that correlated wealth with an increase in unethical behavior: “While having money doesn’t necessarily make anybody anything,” Piff later told New York magazine, “the rich are way more likely to prioritize their own self-interests above the interests of other people.” They are, he continued, “more likely to exhibit characteristics that we would stereotypically associate with, say, assholes.”»

domingo, 3 de julho de 2016

Viva a Alemanha!

É exagerada a atenção que se dá em Portugal a declarações avulsas do senhor Schäuble. Caso se tenham esquecido, é apenas o ministro das finanças alemão. Não é o presidente da Comissão Europeia, nem comissário, nem sequer deputado europeu. É um ministro de um governo da UE. Não se lhe deve atribuir mais importância do que efectivamente tem, nem ignorar que fala para o seu partido, a direita democrata-cristã.

Se queremos centrar o debate nacional português em ministros alemães, há pelo menos outro com quem podemos aprender mais: Sigmar Gabriel, o líder dos sociais-democratas e vice-chanceler (hierarquicamente acima de Schäuble, portanto).
 
Há poucas horas, Sigmar Gabriel respondeu aos problemas que o «Brexit» coloca de forma radical, construtiva e internacionalista: defendeu que fosse concedida a nacionalidade alemã aos britânicos que vivem na Alemanha («vamos oferecer aos jovens britânicos residentes na Alemanha, na Itália ou na França que possam permanecer cidadãos da União Europeia»). A proposta tem a virtude de responder ao problema prático (e moral) dos britânicos deixados de fora do espaço europeu que sentiam como seu; e tem a vantagem política de fazer uma pega de caras à xenofobia (para mais, num país em que a dupla nacionalidade causa tantos engulhos).

A esquerda portuguesa tem que olhar mais para Sigmar Gabriel e menos para Wolfgang Schäuble.