sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Sobre as primárias no PS

Objetivamente António José Seguro tem vergonha da história do PS. Veja-se como se refere à herança como um "fardo": Seguro preferia ser líder de outro partido.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Revista de imprensa (25/9/2014)

  • «Não há qualquer vontade de apurar “a verdade” ou desejo de esclarecer a pátria no pedido do primeiro-ministro para a Procuradoria-Geral da República investigar o caso Tecnoforma. O Ministério Público tem mais que fazer e Passos Coelho sabe muito bem o que fez. Pode ter sido há 15, 20 ou 30 anos: ninguém se esquece de um ordenado que duplica o rendimento mensal. Simplesmente, Passos não quer, nem pode, admiti-lo – para ser coerente com o moralismo que apregoa, teria de se demitir no minuto seguinte. Donde, o chuto para a Procuradoria é apenas um expediente espertalhão com o objectivo de adiar a admissão do óbvio: o primeiro-ministro fez asneira. E da grossa. (...)

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Informação e petição sobre a Lei da Cópia Privada

Não posso deixar de recomendar estas FAQ sobre a Lei da Cópia Privada, bem como esta petição sobre o mesmo assunto

Tragicómico

O pedido de esclarecimento de Passos à Procuradoria-Geral da República sobre as condições em que desempenhou o seu mandato de deputado já foi entregue.

Já se sabia que isto ia acontecer há 24 horas atrás... mas não consigo ler isto sem me rir.

sábado, 20 de setembro de 2014

As provas de avaliação, os professores, os jornalistas e os outros profissionais

Pela primeira vez tomei contacto com as famigeradas "provas de avaliação" dos professores. Que fique claro: não vi lá nada que um licenciado não tivesse a obrigação de saber responder. Fica a pergunta: porquê só os professores?

Posso concretizar com um exemplo: vi pela primeira vez um extrato da prova na edição impressa do DN de 23 de Julho. Na edição online publicavam a prova inteira. Na edição impressa, só um resumo com duas ou três perguntas e a resposta certa. Só que a questão 8 foi publicada incompleta. O texto que saiu (na página 5) e que me chamou a atenção para isto tudo foi

"Dez alunos participaram no concurso de Poesia, sete no de Desafios Lógicos (D. Lógicos), nove no de Conversação em Inglês (C. Inglês) e seis no de Bridge. No mínimo, quantos alunos participaram em mais do que um concurso?"

Esta pergunta (publicada no DN, repito) não faz sentido nenhum (e não tem resposta possível). Faz falta um elemento essencial: o número total de alunos. Esse dado é fornecido na prova original (consultem o link), mas não na edição impressa do DN. Os descuidados jornalistas responsáveis pelo artigo nem se deram ao trabalho de ver se o que transcreviam fazia sentido. Ou pior ainda: talvez mesmo o original, para eles, não fizesse sentido também. (Ou seja, original e transcrito, pouca diferença faziam.)
Será que a maior parte dos jornalistas (a maioria licenciados) também seriam aprovados se fossem sujeitos à dita prova? Pela amostra dos jornalistas do DN que referi, duvido. E a generalidade dos advogados? E dos comentadores de tudo e mais alguma coisa (que, entretanto, hão de ter escrito belos artigos de opinião sobre esta prova)? Será que a maioria deles passaria nesta prova?

Tudo isto reflete um mal de toda a sociedade (não só dos professores): uma enorme preguiça. Neste caso concreto preguiça intelectual, mas em geral a nossa preguiça nem é só intelectual: temos de nos deslocar de carro para as mínimas distâncias, e não passamos sem a mulher a dias. No caso particular da preguiça intelectual, ao contrário do que o governo quer fazer crer, está longe de ser um mal exclusivamente português. É um mal de muitos países desenvolvidos. Mas é um mal.

Agora repito a minha questão: por que é que a culpa desse mal há de ser só dos professores? Principalmente dos professores contratados?

terça-feira, 16 de setembro de 2014

O Prós e Contras e a Lei da Cópia Privada

Não quero com isto tomar posição na questão da lei da cópia privada. Em abstrato a lei parece-me ridícula, embora haja leis ou taxas que são ridículas mas necessárias. Há boas razões do lado de quem defende esta taxa, mas a taxa em si parece-me anacrónica e ridícula, mais uma vez. Não me parece, porém, que os montantes em causa justifiquem esta polémica, e não é ela que quero aqui abordar.
O momento mais marcante do Prós e Contras desta noite é no final da primeira parte, quando Leonor Xavier, muito genuinamente espantada, de um lado vê uma série de "autores", gente que ela considera que deveria ser "muito conhecida" (mesmo se, tanto quanto sei do caso de Tozé Brito, por exemplo, não compõe uma canção há décadas) e a quem todo o país deveria "reverência". Do outro, umas pessoas que ela nem sabe quem são, uns "professores universitários", blógueres, tudo gente muito esquisita, que ela nunca viu nem ouviu falar. E é isto mesmo que a senhora questiona a apresentadora, nestes termos: "quem é esta gente que você desencantou e que quer discutir connosco, os "autores"?"
Se eu fosse o André Azevedo Alves ou o Pedro Veiga, teria perguntado à senhora quem é que a conheceria se ela não fosse a viúva do saudoso Raul Solnado.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

As viagens de avião de Passos

A propósito das notícias sobre a viagem de Passos Coelho a Bruxelas: não gosto que o primeiro ministro voe na Ryanair. Não quero com isto defender que ele seja obrigado a voar na TAP, mas incomoda-me que o primeiro ministro voe numa companhia que explora os seus trabalhadores e faz propaganda por não ter greves. Se Passos Coelho queria ser poupadinho, poderia alojar-se em hotéis baratos (isso já não me incomodaria nada). Também não estou com isto necessariamente a criticar quem voa na Ryanair; só acho que um primeiro ministro deve dar o exemplo. Uma vez mais, receio que seja este mesmo o exemplo que Passos Coelho quer dar.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Dia 10 de Setembro vamos pôr a Internet lenta

A batalha pela «Net Neutrality» pode ser a batalha mais importante por uma Internet livre, e por essa razão, a batalha mais importante pela liberdade de expressão.

Este vídeo de 3 minutos explica sucintamente o que está em causa, embora deixe de fora uma questão muito importante:



Para quem tiver um pouco mais tempo, recomendo também este vídeo onde a questão é explicada com o humor do John Oliver:



E por fim, já que as implicações para a questão da liberdade de expressão foi pouco explorada nos vídeos anteriores, recomendo também este:



Se, como eu, estão muito preocupados com esta questão e querem fazer algo, sugiro que adiram e divulguem esta iniciativa