sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Kopimism, a nova Religião sueca

Anda por aí um burburinho mediático sobre a nova Religião (e falo em termos de reconhecimento legal) sueca, o Kopimism, cujo objecto de culto central é a partilha de ficheiros online. A imprensa trata esta Religião num tom jocoso ou de desprezo; a BBC News, por exemplo, usa aspas na palavra "religião" e "igreja" no seu título.
Dado o processo histórico de criação de muitas outras religiões, não entendo a razão pela qual esta há de receber mais ou menos aspas que as outras.


5 comentários:

  1. Embora ache o assunto simultaneamente cómico e interessante, não posso aceitar que o acto de copiar ficheiros passe a ser legal só por ser sacramento de uma religião. Se querem tornar a partilha de ficheiros legais, usem outro argumento. Do mesmo modo que se houver uma religião que sacralize estacionar carros em cima do passeio, isso não pode tornar o acto, em si, legal.

    Mas obrigado pelo post: o assunto interessa-me muito e acho-o... delicioso.

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  2. Ricardo,

    claro, concordo contigo!! É me indiferente o que a nova religião defende.. até poderia ser ajudar as velhinhas a atravessar a rua.

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  3. não ó Alves dos Reis
    tal como a cópia e transmissão de memes cria uma ideologia religiosa ou outra

    a transmissão de informação com o mínimo de erros - cópia

    é o que mantem a integridade da dita ideologia

    a cópia imperfeita de ficheiros
    cria reformas e contra-reformas...

    percebido puto?

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  4. Miguel,
    Vamos admitir por um instante que a base da criação de uma igreja ou religião deve ser a existência de um conjunto de valores partilhados, valores esses que podem ser tanto espirituais como filosóficos. Parece-me que esta é a definição mais lata de religião e de igreja (enquanto forma organizada de defesa desse conjunto de valores) que consigo encontrar. Admitindo como boa esta definição parece-me que esta religião e por consequência esta igreja tem toda a razão de ser e não me parece assim tão "shallow" para ser cómico. Inclusivamente a sua dimensão espiritual pelo principio de partilha que lhe está subjacente é bem mais profundo do que parece. Não subscrevo nem a filosofia nem a ideologia mas reconheço que é bem mais profunda e sólida do que muitas religiões e igrejas admitidas como tal. E sou praticante de uma das religiões ditas sérias ...

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  5. Fernando,

    mas o meu ponto é exactamente esse! Não percebo porque é que os media trataram esta religião com um tom jocoso. Parece-me tão séria com as outras

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