- «O Rei sou Eu, caro leitor. E não tenha inveja, que o leitor também é. É essa a maravilha de tornar os Estados numa coisa pública, tirando-os da mão de um senhor - normalmente é um senhor, não há quotas na genética - que o herdou apenas porque os concidadãos dos seus antepassados não se importaram de abdicar do direito a escolher o seu líder máximo, delegando tal competência à madrasta natureza. E que madrasta, tantas vezes. Dizem que o monárquico é regime de muita virtude. Que os países mais ricos da Europa são Monarquias. Pois são. Mas falta dizer que se tornaram os mais ricos e poderosos muito antes de se pensar na ideia de uma República. Ou no século XIX a Inglaterra e a Holanda não eram muito mais ricas que esta nossa praia mal amparada? Pois é. Estas faláciazinhas só enganam quem se quer deixar enganar. (...)» (Expresso)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
"normalmente é um senhor, não há quotas na genética"
ResponderEliminaresta frase é excelente retrato da cultura e eloquência do corta-fiteiro :)