quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Sondagens

É impressão minha ou a tão poucos dias das eleições têm existido surpreendentemente poucas sondagens?

De qualquer forma, aqui está a última, vinda directamente daqui:

PS: 36,7%
PSD: 30,7%
BE: 11,1%
CDS-PP: 8,6%
CDU: 8,3%
OBN:4,6%

De acordo com os comentários a esse texto, a distribuição de deputados, a confiar nestes valores, será:

PS: 90-95
PSD: 85-90
BE: 17-22
PP: 13-17
CDU: 13-17
Outros (MEP?)´: 1-2

Uma maioria parlamentar (mesmo de dois partidos) não parece fácil de aparecer...

10 comentários:

  1. dois comentários:
    1º É ridículo que se inclua uma percentagem que não se traduz em deputados de nenhum partido. Os 4,6% vão estar distribuídos pelos partidos que obtiverem assento parlamentar e fazem toda a diferença.
    2º Não acredito que o Bloco tenha mais que 9%.

    De resto acrescento que imagino o CDS entre 7 e 8% e a CDU com 9%. Por fim, O PSD pode ter mais dois ou menos dois pontos que os 30%.
    Assim, tudo é possível.
    Mas provavelmente, teremos 4 anos de instabilidade e de impasse, com ameaças e intromissões do Cavaco.

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  2. eu tinha a ideia que a primeira volta das sondagens seria para dia 10 (amanhã), mas posso estar enganado...

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  3. João Vasco,

    dois comentários.

    1) Uma maioria PS-BE é possível com os limites superiores que referes.

    2) Parece-me que o PPV teria mais facilidade em eleger um deputado do que o MEP, se tivesse «máquina» e propaganda, o que, tanto quanto vejo, não tem.

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  4. Ricardo Alves:

    A soma entre os limites máximos do PS e BE é suficiente para uma maioria parlamentar, mas já sabemos que essa maioria não é fácil de aparecer, por causa da dificuldade de compromisso entre esses dois partidos.

    Quanto ao outro ponto, é possível. Devo confessar que o deputado do MEP não me entusiasma nada.

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  5. Anónimo:

    «Mas provavelmente, teremos 4 anos de instabilidade e de impasse, com ameaças e intromissões do Cavaco.»

    Eu espero que Cavaco não dure tanto. Acredito que assinou a sua sentença de morte ao ajudar Manuela Ferreira Leite de forma tão descarada: vai ser o primeiro presidente português a não ser reeleito. Como as sondagens mostram, só com a direita ele não chega lá.

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  6. duas coisas:

    não me parece que os limites máximos para PS e BE sejam simultaneamente alcançáveis: o BE come votos à esquerda do PS, podendo baixar o resultado do último (e, como se vê explicitamente e já aqui escrevi antes, podendo capitalizar uma vitória PSD). assim, esse cenário parece-me pouco provável.

    a haver coligações à esquerda, por questões de "disciplina interna" dos partidos mais pequenos, e pelos debates de sócrates com jerónimo e louçã, parece-me menos descartada a coligação PS-CDU do que a PS-BE...

    mas a ver vamos. só uma sondagem é muito pouca informação para se vislumbrar o que realmente vai acontecer...

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  7. Eu ja´ estou como o Jeronimo de Sousa:
    Calem-se la´ com as coligaçoes porque um Portugal em que o PCP ou o BE se coligem com o PS de Socrates nao e´ o Portugal em que eu vivo, e´ o mundo de fantasia da comunicaçao social.
    Mentalizem-se de uma coisa:
    O PCP e o BE, especialmente o segundo, nao vao ser mais um CDS/PP.
    O objectivo e´ criar uma nova esquerda forte que substitua o PS.
    E o eng. J. Socrates que se prepare, ele que dissse que ja´ o tentaram antes e nao conseguiram, e que isso nunca vai acontecer, um dia ele vai engolir as suas palavras.

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  8. «O objectivo e´ criar uma nova esquerda forte que substitua o PS.»

    Parece-me uma ideia irrealista. Duvido que alguma vez o conjunto BE+CDU chegue aos 30%. E, por paradoxal que possa parecer, uma boa parte do eleitorado do BE (ao contrário dos seus militantes), é anticomunista.

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  9. «não me parece que os limites máximos para PS e BE sejam simultaneamente alcançáveis»

    Certo. Há muito quem esteja indeciso entre os dois.

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  10. concordo com o RA. o conjunto BE+CDU está a chegar ao limite do seu crescimento. palpita-me que nestas eleições vão ter o seu melhor resultado antes de iniciar uma descida para valores inferiores e mais estáveis. toda a esquerda tem que aprender a se entender, sem achar que uns são mais que outros --- essa quase parece uma conversa de putos sobre quem tem os berlindes mais fixes...

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