domingo, 9 de agosto de 2009

Terrorismo evangélico

Um «Professor Doutor de Coimbra», «por amor de Deus» na versão cristã evangélica, levou dois blogues dedicados à divulgação da ciência (e do ateísmo, no segundo caso) a alterarem a sua política de comentários (no caso do De Rerum Natura) e a sugerirem filtros aos leitores (no caso do Que Treta!).
O Ludwig explica o problema: «Desde 1 de Janeiro de 2009 escrevi 186 posts, num total de 630 mil caracteres. No mesmo período o Jónatas pôs aqui 800 comentários, num total de um milhão e setecentos mil caracteres».
Eu não sei se o Ludwig e o Fiolhais compreendem o problema de fundo: o comportamento do Jónatas é auto-alimentado. Numa comunidade cristã evangélica, características pessoais como a insistência em incomodar estranhos que não estão interessados, a persistência monomaníaca, ou a repetição acrítica de slogans, são consideradas qualidades. Ou seja: nessas comunidades, o fanatismo é elevado a virtude. Portanto, o Ludwig bem que pode sugerir filtros aos seus leitores, porque aquilo a que se assiste é a uma demonstração de fé. Avassaladora. Ininterrupta. Insaciável. In-dialogável. Interminável. Auto-satisfatória. Chata como a potassa. (Como todos os fanatismos, aliás.)

6 comentários:

  1. Não me parece que o comportamento do Jónatas seja uma decisão racional baseada nos critérios da sua comunidade. Isto porque outros criacionistas da mesma comunidade que comentam regularmente no meu blog não o fazem dessa forma irracional, e nem os vejo a louvar a "dedicação" do Jónatas. Pelo contrário, a ideia com que fiquei, algo subentendida, em algums comentários é que até reconhecem que esta atitude o Jónatas é prejudicial à sua causa.

    Por isso a minha suspeita é que o Jónatas faz isto mais por alguma compulsão pessoal que por estratégia.

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  2. O Ludwig, o Ricardo ou qualquer outro colaborador do diário ateísta não estão numa posição muito confortável para falar de obsessão ou comportamento compulsivo a quem quer que seja.

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  3. Ludwig,
    há poucas semanas houve um artigo sobre criacionismo no Diário de Notícias em que vários evangélicos confessaram a sua imensa admiração pelo Jónatas.

    E não disse que era uma decisão racional. As comunidades religiosas nem sempre recompensam os comportamentos racionais. ;)

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  4. Contra a caganeira de idiotices do Ludwing Kripphal, o meu distinto amigo Jonatas é uma verdadeira vacina.

    Evidentemente que o Ludwing Kripphal pode escrever o que ele quiser. Há quem goste das suas peças humor sem quaisquer fundamentos e sem piada, há quem o julgue inteligente, há quem o tenha por um verdadeiro nabo.

    Aquilo que ele pensa dos outros, há quem pense da forma de agir dele.

    A verborreia do Jonatas não é menos inteligente do que a do Ludwing Kripphal, com a diferença de que a deste último é produzida com má intenção, pois visa ferir pessoas ou instituições na sua dignidade e na sua seriedade.
    Contrariamente ao Jonatas, o Ludwing Kripphal, cola cada palavra com ódio. Às vezes com um desespero que parece vontade de vingança. O Jonatas não faz isso!

    O Ludwing Kripphal limita-se a tentar passar a ideia que é uma pessoa cujas afirmações são magister dixit, e que a inteligência supera o comum dos mortais, e que sabe de tudo, e que ninguém tem razão, e que quem não pensa como ele é um atrasado, e que não segue a sua filosofia é um palerma que se deixa dominar, etc.

    Curiosamente, um aluno meu, e que já foi aluno do Kripphal define-o como: “um presunçoso imbecil, muito egocêntrico e faccioso recalcado!”

    Não é disso que se trata neste caso em que o Kripphal fica zangado se alguém desmonta o seu castelo de areia?

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  5. HH:


    «Contrariamente ao Jonatas, o Ludwing Kripphal, cola cada palavra com ódio.»

    Pelo que tenho lido, acredito que está a projectar-se no Ludwig.
    Os escritos dele, longe de estarem colados a ódio (como acontece com o Zeca, ou o HH mais do que qualquer outro comentador que tenha visto nos blogues), até mostram alguma boa disposição muito saudável.

    Nesse caso até louvo o Ludwig, porque ele às vezes escreve sobre assuntos que me indignam bastante (sobre os quais quando escrevo tento ser frio e analítico, mas se não fosse o meu tom seria de indignação), vendo o lado divertido da coisa, usando o humor, a ironia e o sarcasmo com mestria.

    Se o Zeca e o HH são os autores que mais demonstram ódio (um defeito que o Perspectiva não tem, apesar de tudo. A única coisa que o Perspectiva demonstra é desepero, mas nenhum ódio), o Ludwig está certamente entre aqueles que demonstra menos. Por mais que aconteça, nunca se "passa".

    É irónico que de todos os insultos, escolham este. É projecção, claramente.

    A si e ao Zeca eu lembro: tanto ódio é pecado. Eh!Eh!Eh!
    Não acredito em Cristo, mas se ele existisse certamente ficaria bem mais indignado com os vossos textos que com os do Ludwig.

    Não vou comentar o resto do texto, mas parece-me que nas outras coisas também há muita projecção. Não tão evidente como esta, no entanto.

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