- «The overall direction of Benedict's papacy is now apparent for all Catholics to see. It was customary to characterise Joseph Ratzinger as a "conservative" during the decades he served as the Vatican's theological watchdog. In the light of recent events, "ultra-reactionary" might be too tame an epithet to describe the alliances he is forming with a politically obnoxious group which, given half a chance, would return the Church to the authoritarian auspices of their sainted patron, Pius X.» (John Cornwell)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
O Papa «ultra-reaccionário»
É um escritor católico quem o diz:
Eu apostava dinheiro em como daqui a pouco algum católico tradicionalista vai entrar aqui e dizer mal do John Cornwell indo ao ponto de o pôr na suposta "cabala anti-católica".
ResponderEliminarImagino que o pretérito imperfeito com conotação condicional se deva ao facto de anunciares aqui a tua potencial aposta, desmotivando outros a confirmar o carácter previsível do seu comportamento. Mas pode ser que não desmotive o suficiente...
ResponderEliminarBem ao contrário, Pedro Fontela e João Vasco. Este texto demonstra que a Igreja é diversa e plural. John Cornwell ou o padre Mário Oliveira são tão católicos (ou podem ser) como este Papa.
ResponderEliminar«John Cornwell ou o padre Mário Oliveira são tão católicos (ou podem ser) como este Papa»
ResponderEliminarDesculpe, mas isso é um pouco demagógico. A ICAR não é uma organização democrática e igualitária. É autoritária e hierárquica. O Mário de Oliveira e o Cornwell serão, sem dúvida, católicos, mas não definem dogmas, não governam, não dirigem a política externa, não mandam. E mais: nunca o farão, porque a ICAR não é uma República em que qualquer um se possa candidatar a Presidente.
Por tudo isso, dizer que são «tão» católicos como o Papa é demagógico.
Caro Nuno Gaspar,
ResponderEliminarA Igreja é plural quando o Papa excomunga teólogos católicos?
Este Papa preferiu reabilitar um bispo negacionista do que o teólogo Leonardo Boff, acusado de ser marxista por se opôr à forma como a Igreja exerce o seu poder e por se dedicar demasiado à causa dos pobres...
Onde estava a pluralidade quando o proibiram de exercer o sacerdócio?
As escolhas deste Papa mostram bem o que a Igreja pensa da pluralidade...
Vocês por aqui confundem (ou querem confundir) muitas vezes a Igreja com a sua organização e a sua hierarquia. Ora por estes exemplos se percebe que a Igreja é (e pode ser)muito mais do que isso. A hierarquia hoje é uma, amanhã pode ser outra muito diferente. Não será por isso que uns passarão a ter Fé e outros deixarão de ter.
ResponderEliminarSer católico não é uma questão exclusivamente de fé. É também, ou sobretudo, uma questão de obediência. E como a hierarquia não é electiva nem acessível a qualquer um, não se pode dizer que a hierarquia será diferente «amanhã». É a hierarquia que manda, e aceitá-lo é parte do ser católico.
ResponderEliminarA hierarquia não manda nem pode mandar na consciência dos fiéis.
ResponderEliminarAcho que a Igreja não é nem precisa muito de ser um sistema democrático porque me parece que as motivações das pessoas que a ela livremente aderem se relacionam mais com o servir do que com o ter poder. Já noutros lugares onde se gere de facto o poder político, que deveriam, esses sim, ser o exemplo puro da democracia e da escolha livre dos representantes dos cidadãos,como a Assembleia da República ou o Parlamento Europeu, esse aspecto da obediência e subordinanação às hierarquias se colocará de outra forma. Até acho que seria com esse tipo de assuntos que um blog como este nome faria mais sentido preocupar-se.
Nuno Gaspar,
ResponderEliminaraqui, escrevemos sobre o que quisermos.
Quanto a aderir «livremente» à ICAR, penso que concordará comigo que mais de 90% das adesões são de crianças que nem sabem o que aquela água na moleirinha significa...
Talvez como este blog, acho a Igreja uma casa de portas abertas onde ninguém está por obrigação.
ResponderEliminarVocê escreve, naturalmente, sobre o que qiser. O nome que dá às coisas é que pode revelar mais ou menos coerência no que diz. Se calhar seria mais honesto chamar a este blog «Diário Ateísta - 2ª versão». É do que se trata.