domingo, 19 de agosto de 2007

Salários e lucros...

Tudo claro como água. :o)

O único comentário que se me oferece é que isto é uma explicação de uma parte da realidade, que é muito mais vasta.

Os economistas raciocinam como se a única coisa que existisse fossem os ganhos e as perdas, em termos monetários, dos patrões e dos empregados.

Mas as coisas são muito mais complicadas: os economistas chamam “externalidades” ao mundo real, onde a miséria, a exclusão, as frustrações e as humilhações de quem é pobre, mal pago, mal tratado, desprotegido e destituído de sonhos ou perspectivas sobre o futuro, são muito mais importantes do que os indicadores económicos deixam supor.

Nos últimos 30 ou 40 anos os economistas transformaram o papel dos políticos numa espécie de voodoo que tenta prever e influenciar a evolução de uns indicadores ecónomicos (cuja relevância foi definida pela oligarquia) através de umas equações cheias de expoentes estimados a olho. Os políticos não percebem as equações. E nos últimos anos tornou-se mesmo perigoso querer percebê-las. Freitas do Amaral que o diga... a oligarquia tolera cada vez menos políticos com coluna vertebral, com consciencia, com espessura intelectual.

1 comentário:

  1. Desculpe, mas está a ser injusto. Pelo menos para a grande maioria dos economistas, dignos desse nome.
    Já várias vezes me deparei com esse preconceito que diz que quando um economista usa os conceitos de "custo" e "benefício" está apenas a pensar em termos monetários.
    Não é verdade.
    Abra qualquer livro ou jornal científico de economia, e veja que que o desemprego, a pobreza, o ambiente , aparecem sempre como "custos". Pode criticar o facto de os economistas adorarem contabilizar tudo (sim, o custo do desemprego, da pobreza, do ambiente, da perda da qualidade de vida, da incerteza é quantificado em euros), mas isso não significa que se esquecem dos problemas.

    Um economista republicano de esquerda

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