- «Dizia uma colega minha outro dia, comentando o governo: "Estes tipos parece que estão zangados com as pessoas". (...) De facto, Sócrates e muitos dos seus ministros transmitem esta sensação. Nunca os vemos fazendo discursos positivos, que entusiasmem, que mobilizem as pessoas para as mudanças que dizem ser tão necessárias. O que vemos é outra coisa: uma espécie de arrogância. De onde vem ela? Em parte da cultura paternalista e hierárquica portuguesa, claro. Em parte do "estilo centrão", essa espécie de alheamento da Política partilhado por PS e PSD pelo simples facto de se terem estabelecido como dois grandes centros de emprego e distribuição de benesses. Mas o PS tem uma característica específica. O seu papel tem sido - e esta é uma das poucas coisas em que o PC tem razão - o de feitor do neo-liberalismo. Um feitor é um administrador no terreno, o intermediador entre o patrão e os trabalhadores. A atitude dos governantes PS pode ser resumida assim: "Nós estamos a fazer o que é preciso. Mas somos de esquerda. Porque é que vocês, gente de esquerda, não percebem que temos razão?!" É aí que começa a zanga com as pessoas.» («A zanga dos feitores», n´Os Tempos que Correm.)
- «E quando (...) todos esperávamos que o Primeiro-ministro José Sócrates, tido como pessoa de bom senso ou, pelo menos, com fama de possuir um sagaz sentido político, pusesse, ele próprio e em pessoa, ordem na casa, eis que é ele, desta vez, quem apresenta queixa em tribunal contra o autor de um blogue. (...) O Partido Socialista, de um modo geral, e o Governo, em particular, têm de perceber que em todo o mundo democrático os políticos têm de se «aguentar à bronca» com os boatos, com os insultos mais ou menos pessoais e com as insinuações mais ou menos torpes ou cobardes que lhes chegam dos cidadãos. Porque isso como que «faz parte» das suas funções e é quase conatural não só ao desempenho de um cargo político como é também consequência frequente para qualquer pessoa que, por uma forma ou de outra, passa a ser alvo da atenção mediática. (...) Persegui-los criminalmente ou com processos disciplinares, é não só repisar no assunto e fazê-lo regressar vezes sem conta à ordem do dia, como dá ainda a sensação de perseguição política, de censura e de limitações absurdas e claramente ilegais por parte do Governo à liberdade de expressão dos cidadãos.» («Os filhos da puta», no Random Precision.)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
Mail enviado para o portal do governo ao cuidado do 1º ministro
ResponderEliminarO desgoverno português a que você preside, é constituido por uma cambada de chulos, incompetentes e mafiosos.
Este país anda à 33 anos a ser desgovernado por duas organizações mafiosas que dão pelo nome de PS e PSD, especialistas em gatonagem e em chulice que estão a conduzir este país à inviabilidade politica económica e social.
O sistema já não é reformável, e eu como cidadão estou disponivel a colaborar em todas as iniciativas, para que quem nos desgovernou e desgoverna, como é o seu caso, sejam destituidos dos seus cargos, através de todos os meios, incluindo meios de insurreição violenta, e que as organizações mafiosas, a que você pertence, sejam julgados por crimes contra Portugal.
Morte à 3ª republica!