- «Duas ironias salvam a boa disposição de observador (não enquanto eleitor) neste momento triste, por demasiado pequeno, insuportavelmente provinciano, da democracia portuguesa: - Primeira - que uma trapalhada burocrático-académica ligada a uma saloia pressa na ascensão de prestígio social tenha adquirido relevo maior que os graves e complexos problemas do país, e com um eco e danos tais que são suficientes para corroer um primeiro-ministro e um governo de maioria absoluta e com resultados permanentemente favoráveis nas sondagens. O que é obra. - Segunda – a “direita jornalística”, ao alimentar, com permanente revelação de novos episódios caricatos e comprometedores, até à náusea, a novela da trapalhada académica de Sócrates, conseguiu o que a “direita política” se mostrou incapaz de fazer enquanto oposição e o PCP não alcançou com a contestação social de resistência à mudança. O que é obra-prima. José Manuel Fernandes, director do Público/Sonae, que se prepare. Porque pode ser o escolhido de Cavaco para, por méritos oposicionistas demonstrados, suceder a Sócrates. É bom que comece rapidamente a compor o seu currículo académico de forma a ter certificados prestigiantes para ilustrar a função. É isso que os portugueses aprenderam, sobretudo com ele e o seu jornalismo, a esperar de um primeiro-ministro.» («Do canudo até à náusea (1)», no Água Lisa (6).)
- «(...) “vigilância do poder” não é o mesmo que “julgamento de carácter”. Vigilância do poder é vigilância dos actos POLÍTICOS hoje praticados por agentes do poder, não a devassa da sua vida passada para nela encontrar qualquer pecadilho mais ou menos remoto (...) a continuar por este caminho, pouca gente com percurso de vida interessante haverá amanhã com disponibilidade para ocupar esses mesmos cargos (...)» («Discordâncias, repulsas e alergias», no Canhoto.)
- «Ruben de Carvalho, Joana Amaral Dias e Medeiros Ferreira deixaram de ser colunistas do "Diário de Notícias". A lista de colunistas ideologicamente indesejados pela nova direcção pode ser maior. Pelas informações que recebi, Sarsfield Cabral terá sido dispensado no fim do debate da SIC Notícias, ali mesmo à porta do estúdio. Os restantes, pelo menos aqueles de que tenho conhecimento, foram demitidos por e-mail. Igual para todos. Diz muito do estilo. (...) A colheita de novos colunistas será feita aqui na blogosfera, todos de direita. Bem de direita. Bem conhecidos de todos nós. A direita terá finalmente o seu "Avante!"» («A purificação ideológica do "Diário de Notícias"», no Arrastão.)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
Mas quem é que tem saudades do Sarsfield Cabral? O João Cesár das Neves?
ResponderEliminarDe facto não percebo o que tem de comum com Ruben de Carvalho ou Medeiros Ferreira.
ResponderEliminarRelativamente ao texto do canhoto e em combinação com o meu comentário mais acima o Sr Pena Pires apenas está a branquear , especialmente na parte em que fala das opiniões do senhor André freire.
ResponderEliminarSó para que fique registado.
Só nas universidades do senhor Arouca é que alguns alunos, eram autorizados, a entrarem sem terem que pedir certificados de habilitações prévios, e provindos das universidades de onde vinham.
Já agora e a proposito de problemas bem mais terrenos que as engenhariçes de socrates... Alguem ouviu falar que o tal governo das mil e uma reformas, do tal que nunca usaria receitas extraordinarias nem aumentaria impostos teve um defice (sem receitas extraordinarias)acima do orçamento de bagão e santana (5.9% contra 5.3).
ResponderEliminarPois... ninguem ouviu falar! Mas os dados são do contâncio e o silencio noticioso é geral...
Qual é agora a conspiração?