- «Não, não preciso de expiar ou envergonhar-me dos séculos de exploração feminina, das humilhações a que os homens sujeitaram a mulher, do sofrimento que lhe impuseram. Não sou culpado do anacronismo das leis, do carácter misógino da tradição judaico-cristã, dos preconceitos do clero e da violência das leis que a discriminaram. Não defendo os conteúdos misóginos da Tora, da Bíblia ou do Corão que legitimam a violência de que são vítimas e as penas a que são sujeitas, sem esquecer a lapidação e as vergastadas públicas a que o fascismo islâmico ainda submete as mulheres. Nos primórdios da humanidade a força física foi determinante, a divisão do trabalho e a apropriação dos incipientes meios de produção conferiram ao homem a supremacia que o tempo se encarregaria de perpetuar e os homens de defender.» («Dia Internacional da Mulher», no Ponte Europa.)
- «Eu acredito que já se mudou muito da antiga mentalidade, as diferenças não são assumidas com a naturalidade que eram dantes e, sobretudo entre gente mais jovem, já há a noção de que as obrigações, direitos, deveres, deveriam ser iguais. E o pensar-se isso, mesmo que na prática não aconteça, é bom. Quero eu dizer, que se o trabalho doméstico recair na mulher, pelo menos o marido fica com alguma má consciência… É alguma coisa. Contudo se isso é a nível ‘doméstico’ chamemos-lhe assim, do ponto de vista patronal a coisa continua complicada: a mulher é ainda a primeira a ser despedida, e ao ser admitida no trabalho sofre um inquérito a nível pessoal que não se utiliza para os homens (se tem filhos, ou até se pensa engravidar). E, é claro, que estamos a pensar em termos de Primeiro Mundo, porque se formos para a África ou Ásia então a mulher é ainda um ser humano de segunda classe. Portanto falta ainda muita luta, muita paciência, muita força de vontade para se conquistar essa igualdade de oportunidades em todo o Mundo.» («Mulher», no Pópulo.)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
Aqui nos EUA, onde as coisas sao discutidas a serio, as mulheres ganham ainda 75 centimos por cada dolar que ganham os homens com a mesma experiencia e competencia, e as megeras todas que este presidente contratou, e que so tem emprego hoje porque houve discriminacao positiva nos anos 70, sao contra a discriminacao positiva.
ResponderEliminarObrigada Ricardo pela citação. Este é um tema que daria pano para mangas. Desta vez nem escrevi muito porque já o tinha feito dos dias 8 dos anos antriore e não me queria repetir. Contudo enqquanto em qualquer lugar do Mundo a mulher for um ser humano de segunda, não é demais a repetição.
ResponderEliminar