- «primeiro julguei que estava a ver mal, depois lembrei-me de que isto é perfeitamente normal: o cardeal patriarca de lisboa, nos seus paramentos, a benzer o monumento dos cinquenta anos da rtp, antes de o presidente da república avançar para o inaugurar. e o presidente a subir para o palanque, imediatamente seguido pelo cardeal. tem graça. julguei que esta coisa das cerimónias oficiais e do papel das confissões religiosas nas mesmas e no protocolo de estado tinha sido discutido no parlamento no ano passado e se chegara à conclusão de que era necessário respeitar a não confessionalidade do estado nas ditas cerimónias. mas foi engano, claro. tudo como dantes, quartel general em abrantes.» («deus, pátria, RTP», no Glória Fácil.)
- «Este senhor (Almerindo Marques) é o presidente do conselho de administração da RTP, empresa pública. Foi ele, seguramente, quem teve a ideia de convidar o cardeal para benzer o novo centro de produção da RTP, ontem "solenemente" inaugurado. Continuo à espera, com a Constituição da República na mão, que ele me peça desculpa pelo despautério e pela afronta. Ou, em alternativa, que se demita ou seja demitido. Depois da missa de graças mandada dizer pelo director-geral dos impostos, só faltava mesmo que o presidente da RTP convidasse o cardeal para uma benzedela. Estes católicos não têm vergonha na cara, nem respeito por ninguém. E usam o Estado como uma quinta ou um quintal. Basta!» («O patrocinador da palhaçada», no Abnóxio.)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
Eu adorava criar um culto e aparecer com os meus seguidores nestas cerimonias, e desatar a desbenzer os monumentos a seguir ao bispo, e a fazer libacoes. Talvez todos vestidos de pinguins.
ResponderEliminarE se houvesse queixas desafiar o cardeal para um concurso de milagres, e ver quem e que tinha um deus mais poderoso!