- «Há algumas coisas que se vão sabendo sobre a questão dos voos da CIA, na sequência dos trabalhos da Comissão do Parlamento Europeu: Por toda a Europa houve governos que, no mínimo, fecharam os olhos a actividades ilegais da CIA (...) Portugal é um dos países que apoiaram a invasão do Iraque e em que se fechou os olhos a que pudessem ser cometidas violações dos direitos humanos em território português. Se o foram ou não, de facto, é provável que tenha dependido mais da necessidade dos americanos de o fazerem do que de outra coisa qualquer. Mas, de facto, parece que não se passou em Portugal nada de muito diferente do que se passou por toda a Europa.» («Às voltas com os voos da CIA», no Canhoto.)
- «A democracia portuguesa já não seria uma fraude se o cargo de Chefe de Estado fosse de nomeação vitalícia, mesmo que o ilustre herdeiro designado se viesse a revelar um reaccionário imbecil, retrógrado e enfeudado a uma religião, ou fosse, enfim, uma besta qualquer que o povo tivesse de aturar (como tantas vezes já sucedeu) para o resto da sua vida.» («El-Rei Dom Chouriço», no Random Precision.)
- «Parece-me que existe uma analogia óbvia entre o que o Estado deve fazer no domínio económico para assegurar as condições da autonomia pessoal e a intervenção que também deve ter, noutros domínios da esfera social, para assegurar os mesmos fins. O ethos do liberalismo confunde-se com a salvaguarda da autonomia individual necessária para a prossecução dos projectos de vida de cada um, independentemente do seu estatuto social de origem; se para alcançar esse fim, o Estado se deve abster de intervir, pois que se abstenha; se deve em vez disso intervir, para libertar o indivíduo do abraço da comunidade em que nasceu, pois que intervenha também - porque o respeito pela diferença de cada comunidade cultural é condicional à sua própria aceitação da diferença no seu interior, e a proeminência ôntica dos indivíduos sobre os grupos deve conduzir o Estado a tolerar a sua existência apenas e se essas comunidades tolerarem que os membros que lhes pertencem, maxime por nascimento, possam a qualquer momento pensar diferentemente e decidir abandoná-las.» («Uma resposta», no Cinco Dias.)
«entre le fort et le faible, entre le riche et le pauvre, entre le maître et le serviteur, c’est la liberté qui opprime, et la loi qui affranchit.»
(Lacordaire)
Ainda a propósito da família presidencial (aproveito as opiniães expressas pelo autor da posta 2 para me considerar on topic...), tinha-me passado desapercebido que Sampaio oficializou a coisa para mulher e sucedâneas:
ResponderEliminarhttp://www.presidencia.pt/?id_categoria=20&id_item=238
Concordas?
Oficializado, não concordo.
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